As ações mais indicadas para maio: sai RENT3, entra BPAC11

Em abril, investidores do mundo todo revisaram as expectativas para o início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos. O movimento prejudicou ativos de risco e o Ibovespa não saiu ileso: amargou queda de 1,7% no mês passado. Incertezas geopolíticas, com uma possível escalada da guerra no Oriente Médio no radar, também atrapalharam a Bolsa brasileira. 

Diante do cenário turbulento, analistas adotaram cautela nas recomendações de ações para investir em maio, sem grandes mudanças nas carteiras. O BB Investimentos explica que realizou “apenas um movimento pontual com o objetivo de diminuir a volatilidade da carteira, mantendo a diversificação setorial”.

Com isto, a lista de ações mais recomendadas pelas corretoras em maio teve apenas duas mudanças na comparação com abril: a saída de Localiza (RENT3) e a inclusão da ação do BTG Pactual (BPAC11). A empresa de locação de veículos teve cinco recomendações no mês passado, mas apenas duas em maio.

PEGUE O SEU CONVITE

Vale (VALE3) segue como líder de indicações, apesar de número menor de recomendações na comparação com abril. Após ganhar mais uma recomendação, Petrobras (PETR4) assumiu o segundo lugar que era do Itaú (ITUB4), banco que perdeu duas indicações.

Todos os meses, o InfoMoney analisa as carteiras recomendadas por dez corretoras, apontando as cinco companhias mais indicadas. Em caso de empate, o número pode ser maior, como ocorreu novamente. Confira a seguir as oito empresas mais citadas em maio, a quantidade de recomendações e os desempenhos de cada papel em abril e no ano:

Vale (VALE3)

A mineradora perdeu duas recomendações em relação a março, mas se manteve firme na liderança do ranking. A Órama destaca que o preço do minério vem caindo, mas ainda se mantém acima da média histórica, de US$ 75 por tonelada. “A expectativa é de manutenção nesse patamar, o que assegura um preço ainda bom para a Vale, ampla geração de caixa e capacidade de pagamento de proventos”. 

Petrobras (PETR4)

Depois que a companhia decidiu distribuir 50% dos lucros extraordinários em 2023, o BB Investimentos publicou uma revisão de preço-alvo para ação, elevando para R$ 47 em dezembro deste ano, com recomendação de compra. “Entendemos serem boas as perspectivas de crescimento da produção, ao passo que custos de extração se mantêm reduzidos, combinação que deve seguir produzindo boa geração de caixa e dividendos”, diz o documento. 

Cyrela (CYRE3) 

A ação da construtora custa, hoje, cerca de R$ 20,8. Para o Santander, porém, o papel tem espaço para subir até R$ 32 neste ano. O banco tem recomendação de compra para a ação que despencou 18,6% em abril, destacando os lançamentos, exposição ao Minha Casa Minha Vida e balanço robusto da companhia. 

Sabesp (SBSP3)

A Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo manteve as quatro recomendações de abril e segue na carteira das queridinhas. A Guide destaca o volume e capacidade de geração de caixa constante da empresa que atende uma população de quase 28 milhões de pessoas em abastecimento de água e de 25 milhões em coleta de esgoto. 

Itaú (ITUB4)

Para o BTG Pacual o desempenho da ação do Itaú em abril, o pior entre os grandes bancos, “não faz sentido”. O banco diz esperar números “sólidos” no balanço do primeiro trimestre, com expectativa de crescimento de 16% do lucro antes dos impostos, o que, se concretizado, “significa um efeito de carrego favorável também para 2025”, diz relatório. 

Weg (WEGE3)

“A Weg deve ser a aposta mais segura do mercado para os resultados do primeiro trimestre de 2024 no setor de bens e capitais, mais uma vez”, segundo a Ágora. A expectativa por números positivos faz a corretora recomendar a ação. Um aumento de 8% na receita líquida, para R$ 8,3 bilhões” está no radar da corretora. 

Lojas Renner (LREN3)

“Ainda vemos a Renner bem posicionada para ganhar participação de mercado no fragmentado segmento de varejo de vestuário no Brasil”, diz o BTG. O banco cita desafios importantes, como desaceleração nas vendas nos últimos trimestres e cenário macroeconômico adverso para o consumo discricionário.

BTG Pactual (BPAC11)

O banco vai apresentar o balanço do primeiro trimestre de 2024 no próximo dia 13 e o Banco do Brasil espera que a “constância de bons resultados” do BTG continue. “A cada trimestre, o BTG reforça nossa percepção de que a companhia possui uma estrutura sólida, construída sobre suas diversas estratégias de crescimento, mesmo em cenários desfavoráveis para o mercado de capitais, que é uma fonte crucial de receitas”, diz o relatório do BB.