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Enquanto os especialistas em renda variável recomendam investir em ações pagadoras de proventos diante da instabilidade da Bolsa, as carteiras de dividendos das corretoras se tornam ainda mais valiosas como referências para o investidor. Em fevereiro, duas estatais são destaques nas recomendações.
O compilado mensal do InfoMoney com as indicações das principais corretoras locais mostrou a Petrobras (PETR4) novamente no topo, como já vem acontecendo nos últimos meses e nas carteiras de ações em geral.
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Os cinco papéis deste mês estavam na última lista, refletindo a lógica de manutenção das ações na carteira de dividendos para obter resultados melhores no longo prazo. Confira a lista completa das ações de dividendos mais recomendadas para fevereiro e o dividend yield (retorno com dividendos) nos últimos 12 meses:
Empresa | Nº de recomendações | DY |
Petrobras (PETR4) | 6 | 19,26% |
Banco do Brasil (BBAS3) | 6 | 9,05% |
Telefônica Brasil (VIVT3) | 5 | 3,62% |
Copel (CPLE3) | 5 | 4,22% |
Vale (VALE3) | 4 | 8,10% |
Petrobras (PETR4)
O Itaú BBA projeta um dividend yield de aproximadamente 15% em 2025 com os papéis da estatal. “Gostamos das ações da Petrobras nesse momento, uma vez que a companhia oferece uma combinação sólida de fundamentos e governança corporativa aprimorada”, diz relatório da casa.
Banco do Brasil (BBAS3)
O BTG Pactual vinha sinalizando a preferência de se expor ao banco pelo seu braço de seguros, BB Seguridade (BBSE3), mas mudou de ideia “com os lucros (de BBAS3) evoluindo acima das estimativas”. Um relatório do banco diz que “o momentum para ação parece ter melhorado mais cedo e mais rápido do que esperávamos”. A projeção de DY em 2025 é de 11,4%.
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Telefônica Brasil (VIVT3)
A empresa divulga os resultados de 2024 no próximo dia 25 e a expectativa da Planner Investimentos é de “mais um bom resultado e anúncio do saldo de proventos do ano, como historicamente acontece’. No entanto, a corretora pondera que a forte valorização dos papéis em janeiro pode causar estabilidade nos preços daqui para frente. O DY projetado pelo Santander para a ação no ano é de 8,21%.
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Copel (CPLE6)
A concessionária que opera na geração, transmissão e distribuição de energia, tem “riscos limitados em todos os modelos de negócio”, e representa uma “combinação atraente de valuation barato e perfil de baixo risco”, segundo o Santander. O banco projeta DY de 5,49% e diz que “o sucesso da privatização da companhia ainda não está devidamente precificado”.
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Vale (VALE3)
A melhora nos volumes de minério de ferro e recentes avanços positivos em relação ao acordo da Samarco são alguns pontos favoráveis à tese, segundo o BTG, que também vê o cenário macroeconômico, “especialmente o da China” pressionando todo o setor de mineração e siderurgia. Mesmo sem enxergar grande potencial de valorização da ação, a forte exposição ao dólar ajuda a justificar o investimento, diz o banco. A projeção do BTG é de 9,2% de retorno com dividendos da Vale em 2025.