As 10 melhores criptomoedas para junho, segundo analistas

Maio entrou para a história do mercado de criptomoedas. Isso porque a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) deu sinal verde para os primeiros ETFs (fundos de índice) à vista de Ethereum (ETH), assim como fez com os ETFs à vista de Bitcoin (BTC) em janeiro.

Por causa dos novos produtos financeiros, que devem atrair bilhões em capital institucional nos próximos meses, o ETH foi o token mais citado nas carteiras de criptos de junho recomendadas por oito players locais. No total, 20 ativos digitais foram mencionados, mas apenas aqueles com mais de dois votos entraram na lista.

Veja 10 criptomoedas mais recomendadas por especialistas para o mês de junho:

Ethereum (ETH)

Com a reviravolta regulatória e a aprovação dos ETFs à vista, o Ethereum com certeza entra na lista de tokens para ficar de olho, disse Beto Fernandes, analista da Foxbit. “Mesmo que boa parte da euforia com o sinal verde já tenha sido precificada, agora é o momento em que veremos o quanto o capital institucional está interessado neste tipo de criptomoeda. Se imaginarmos que a fatia recebida pelo Bitcoin também pode ser aportada no ETH, o futuro reserva coisas interessantes para o ativo”.

Bitcoin (BTC)

Valter Rebelo, head de ativos digitais da Empiricus Research, disse que o BTC continua essencial na carteira de qualquer investidor cripto. “Além de ser o ativo mais estável e consolidado em termos de uso e fundamentos, ele atua como o alfa do mercado, influenciando os ciclos de alta e baixa. Pelo seu pioneirismo e características únicas, também é o token que mais atrai a atenção dos investimentos institucionais”.

Pendle (PENDLE)

É um o principal protocolo de yield (estratégia para gerar renda passiva) do mercado de criptomoedas. “Ele cresceu muito nos últimos tempos, mas a gente acha que tem espaço para crescer ainda mais. Então, recomendamos também esse ativo para um hold (comprar o ativo e segurar) no próximo mês e, provavelmente, também até o topo desse ciclo. É um ativo que até tem concorrentes, mas não são tão grandes quanto ele”, disse Rony Szuster, analista de research do MB.

Ether.fi (ETHFI)

É um protocolo de restaking líquido na rede Ethereum. Na prática, esse tipo de sistema permite que os usuários façam staking (manter a cripto na plataforma para ganhar juros) de ETH e, ao mesmo, possam usar os ativos guardados para ganhos adicionais. “O Etherfi é a principal solução de restaking do mercado e a valorização do Ether impulsiona a receita desses ativos em dólares”, disse Danilo Matos, community manager na NovaDAX.

Ethena (ENA)

Ethena é um projeto que introduziu uma stablecoin (criptomoeda estável) lastreado por outros ativos digitais. Francis Wagner, head de criptomoedas da Hurst Capital, disse que o projeto “oferece uma alternativa robusta às stablecoins tradicionais, permitindo que os usuários desfrutem de estabilidade financeira e acumulem valor dentro do ecossistema cripto”.

Render (RNDR)

Encarada como “Nvidia descentralizada”, a Render é uma plataforma que aluga o poder computacional ocioso de GPUs para criadores de conteúdo que desejam executar trabalhos de renderização (transformar vídeos, fotos e outros materiais em produtos digitais). O token RNDR é usado para pagar pelos trabalhos de renderização realizados.

Near Protocol (NEAR)

O protocolo disponibiliza várias linguagens de programação e funcionalidades que possibilitam a conexão com diferentes blockchains. “Para os desenvolvedores, essa tem sido uma solução interessante, que também impactou os investidores. O interesse é tão grande que a gestora Grayscale também anunciou o lançamento de um fundo específico de NEAR. Caso emplaque, podemos ver uma entrada interessante de capital no token”, disse Fernandes, da Foxbit.

Polygon (MATIC)

É uma das soluções de segunda camada para Ethereum de maior destaque, segundo a corretora Coinext. “Atuando como uma ‘Internet de blockchains’, a Polygon conecta outras blockchains à rede Ethereum para desenvolver dApps (aplicativos descentralizados) que superam suas limitações de escalabilidade”.

Solana (SOL)

Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset, disse que a Solana vem crescendo nos últimos meses, não só em termos de preço, mas também em termos de atividade em sua rede. “Depois de um boom inicial, entre os meses de janeiro e março deste ano, a atividade na rede deu uma leve arrefecida, mas já mostra sinais de retomada em maio, principalmente as receitas por taxas de transação”.

Chainlink (LINK)

É uma plataforma de serviços Web3 padrão da indústria que facilitou trilhões de dólares em volume de transações em finanças descentralizadas (DeFi), seguros, jogos, tokens não fungíveis (NFTs) e outras grandes indústrias, de acordo com Fleury. “Recentemente, o projeto anunciou mais um upgrade em sua rede, uma iniciativa que visa trazer dados confiáveis para ecossistemas de blockchain”.