Conteúdo editorial apoiado por

Apple e Microsoft retomam “coroa” e pagam os maiores dividendos do mundo; veja lista

Os dividendos dos EUA têm crescido todos os anos desde 2011 e são agora três vezes maiores do que em 2010, chegando a US$ 602 bilhões

Monique Lima

Publicidade

Microsoft e Apple foram as duas maiores pagadoras de dividendos do mundo em 2023. As empresas saíram da terceira e quinta posições em 2022, respectivamente, para primeira e segunda no ano passado, conforme o Índice Global de Dividendos da gestora Janus Henderson, divulgado nesta quarta-feira (13).

Ambas gigantes de tecnologia estiveram no Top 10 do ranking desde 2017, com a Microsoft ocupando a primeira posição em 2020. A Apple esteve em segundo lugar seis anos atrás, em 2018.

No relatório, a gestora afirma que o aumento de dois dígitos da Microsoft, junto com uma elevação similar da Broadcom, “contribuíram com mais de um décimo do crescimento dos dividendos nos EUA em 2023”. Em terceiro lugar aparece a petroleira Exxon Mobil, também uma figurinha carimbada no ranking, divulgado trimestralmente.

Continua depois da publicidade

A mudança de cadeiras vem após a Petrobras cortar o equivalente a R$ 50 bilhões em dividendos ano passado e deixar de vez a lista de maiores pagadoras. Em 2022, a petroleira ficou em segundo lugar no levantamento.

As empresas dos Estados Unidos continuam sendo as maiores pagadoras de dividendos do mundo, disparadas. O volume distribuído em 2023 foi recorde, de US$ 602 bilhões, 5% maior do que no ano anterior. Segundo a Janus Henderson, o crescimento dos dividendos nos EUA tem sido quase duas vezes mais rápido que o do resto do mundo.

“Os dividendos americanos têm crescido todos os anos desde 2011, mesmo durante a pandemia, e são agora três vezes maiores do que em 2010.”

— Janus Henderson, em relatório de dividendos globais referente ao 4º trimestre de 2023

No ano passado, 95% das companhias dos EUA mapeadas pela gestora aumentaram ou mantiveram estáveis seus pagamentos, um percentual bastante acima dos 86% que foi a média global.

Continua depois da publicidade

O segundo país que mais tem empresas “dividendeiras” é o Reino Unido, mas o volume de distribuição, de US$ 85,9 bilhões, é mais de seis vezes menor do que o dos EUA. Na terceira posição aparece o Japão, com US$ 78,9 bilhões.

Em relação aos setores, os bancos somaram a maior distribuição de dividendos do ano passado, de US$ 219,9 bilhões. Na sequência aparecem as empresas de óleo e gás, com US$ 148,1 bilhões, e as farmacêuticas, com US$ 101,9 bilhões.

Veja as empresas que mais pagaram dividendos no mundo em 2023:

Continua depois da publicidade

RankingEmpresaVolume de dividendos
Microsoft (MSFT)US$ 20,74 bilhões
Apple (AAPL)US$ 14,90 bilhões
Exoon Mobil (XOM)US$ 14,79 bilhões
China Construction BankUS$ 12,99 bilhões
PetroChina (PTCH34)US$ 12,75 bilhões
BHP Group (BHPG34)US$ 12,30 bilhões
China Mobile (C1HL34)US$ 12,14 bilhões
Johnson & Johnson (JNJ)US$ 11,99 bilhões
JPMorgan Chase & Co (JPM)US$ 11,81 bilhões
10ºA.P. Moller – Maersk ASUS$11,73 bilhões
Fonte: Índice Global de Dividendos Janus Henderson, edição 41.

Dividendos da Microsoft e Apple

A Microsoft paga dividendos crescentes aos seus acionistas desde 2005. De lá para cá, o valor distribuído no ano já aumentou mais de 8 vezes, de US$ 0,32 por ação no acumulado de 2005, para US$ 2,79 por ação em 2023. Com 7,43 bilhões de ações em circulação, o desembolso em proventos em 2023 foi na ordem de US$ 20,74 bilhões.

Já a Apple tem um histórico de dividendos crescentes mais recente, desde 2015. E a grandeza desse crescimento é menor – quase duplicou em oito anos, saindo de US$ 0,50 no acumulado de 2015 para US$ 0,95 em 2023. Entretanto, a empresa tem o dobro de ações em circulação no mercado, cerca de 15,44 bilhões, o que representa um desembolso de US$ 14,90 bilhões em proventos no ano passado.

ACESSO GRATUITO

CARTEIRA DE BONDS