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O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – atingiu o maior patamar da história e a expectativa para o segmento em 2024 é de otimismo, de acordo com analistas. O cenário nem de longe lembra o enfrentado pelos investidores de FIIs nos últimos anos, especialmente aqueles que vivem exclusivamente com os rendimentos das carteiras.
Mesmo para quem já alcançou a independência financeira, os altos e baixos do mercado deixam lições e ajudam a melhorar o gerenciamento da renda passiva, sinaliza André Bacci, investidor que há 10 anos tem como única fonte de renda os dividendos dos fundos imobiliários.
O ex-professor de informática participou da edição desta semana do Liga de FIIs, apresentado por Maria Fernanda Violatti, head de análise de fundos listados da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, jornalista do InfoMoney.
No programa, Bacci compartilhou estratégias para manutenção do poder de compra da renda recebida dos FIIs e dicas para o gerenciamento do portfólio. Confira as sugestões que servem tanto para quem já alcançou a independência financeira quanto para aqueles que ainda estão no meio da jornada.
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Calcule bem o quanto precisará para se “aposentar”
Bacci revela que, quando deixou de trabalhar para viver com os rendimentos dos FIIs, suas despesas consumiam praticamente toda a renda que recebia dos fundos imobiliários – algo que ele não recomenda aos novos investidores.
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“Quem estava empatado na relação receita e despesa teve dificuldades na pandemia da Covid-19, por exemplo”, reflete. “Ter uma margem de receita maior é importante já que estamos falando de renda variável”, aconselha Bacci, que se refere à possibilidade de oscilação no montante de dividendos recebidos.
Durante a pandemia, a receita de fundos de shopping e de escritório tiveram a receita reduzida diante da menor circulação de pessoas. Consequentemente, esses FIIs cortaram dividendos, diminuindo a renda passiva dos cotistas.
Não abra mão da reserva de emergência
Tradicional na rotina de quem ainda está dando os primeiros passos no mundo dos investimentos, a reserva de emergência é item obrigatório na vida financeira de Bacci.
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“O pessoal dá pouco valor até a hora que a coisa aperta e percebe a importância desta reserva de segurança”, diz. “Seja na fase de acumulação ou na fase de proveito, a reserva de emergência te tira do sufoco”, alerta.
Reinvestir os dividendos é preciso
Bacci também não abre mão do reinvestimento de parte dos dividendos recebidos como forma de manter o poder de compra da sua renda passiva e até – quem sabe – expandir sua capacidade de consumo.
“Hoje sobra para investir e conscientemente estou subindo meu padrão de vida”, revela o também autor do livro Introdução aos Fundos de Investimento Imobiliário. “Essa sobra invisto em posições que estão mais para trás (menos valorizadas) e eventualmente em novos fundos”, detalha.
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Sem apego a fundos
Embora entusiasta e famoso investidor de fundos imobiliários, Bacci não demonstra apego a fundos específicos.
“Aquele fundo que tem um bom retorno real (retorno menos inflação) entra na carteira e aquele que não tem sai do portfólio”, garante. “Mas a movimentação é pontual e feita esporadicamente”, pondera.
Já em relação a segmentos, ele não esconde a preferência pelos FIIs de recebíveis, logística e shopping – setores que respondem por boa parte da atual carteira de Bacci, composta por cerca de 40 fundos.
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Confira mais sobre a rotina, estratégias, além de outras dicas de André Bacci na edição desta semana do Liga de FIIs. Produzido pelo InfoMoney, o programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 19h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.