Após Lionel Messi, Ronaldinho Gaúcho também promove criptomoeda suspeita

A cripto Water diz que é um projeto “completamente inútil, sem valor intrínseco ou expectativa de retorno financeiro”

Lucas Gabriel Marins

Brasília (DF) 31/08/2023 Depoimento na CPI da Câmara das Pirâmides Financeiras do Ronaldo Assis Moura (ex-jogador Ronaldinho Gaúcho), fundador e sócio-proprietário da empresa 18K Ronaldinho. Foto Lula Marques/ Agência Brasil
Brasília (DF) 31/08/2023 Depoimento na CPI da Câmara das Pirâmides Financeiras do Ronaldo Assis Moura (ex-jogador Ronaldinho Gaúcho), fundador e sócio-proprietário da empresa 18K Ronaldinho. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

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O ex-jogador brasileiro Ronaldinho Gaúcho seguiu os passos do craque argentino Lionel Messi e também promoveu a criptomoeda desconhecida Water (WATER) em seu perfil no Instagram, que conta com quase 77 milhões de seguidores.

A cripto, uma memecoin baseada na Solana (SOL), chegou a disparar 350% após um story de Messi, pulando de US$ 0,001749 para US$ 0,007981 em duas horas. Depois do post do atleta brasileiro, no entanto, o ativo quase não se mexeu, e é negociado com baixa de -9,10% na tarde desta terça-feira (9).

Em seu site, a Water se identifica como uma cripto “completamente inútil, sem valor intrínseco ou expectativa de retorno financeiro”. Por causa da descrição, muitos usuários começaram a questionar se o projeto não seria algum tipo de golpe e se o perfil de Messi não teria sido hackeado.

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O story publicado na rede social do craque argentino, no entanto, ficou online 24 horas após ser publicado na segunda-feira (8). Messi e sua assessoria também não soltaram nenhuma nota sobre uma possível invasão de sua conta, o que diminui a hipótese de um possível ataque hacker.

(Foto: Montagem/Reprodução/Instagram)

Jogadores e cripto

Messi e Ronaldinho Gaúcho têm um passado com a indústria cripto. Mas enquanto o argentino se envolveu com empresas conhecidas, como a Socios.com e a corretora Bitget, o ex-craque brasileiro promoveu a 18k Ronaldinho, uma suposta pirâmide financeira de criptos que prometia pagar rendimentos fixos de 2% ao dia em cima de investimentos.

A empresa não cumpriu a promessa e deixou milhares de pessoas no prejuízo. Uma única ação coletiva na qual o jogador é réu — movida em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec) — tem valor de causa de R$ 300 milhões.

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No ano passado, Ronaldinho Gaúcho foi um dos alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das pirâmides financeiras. Os parlamentares pediram o indiciamento do ex-craque e seu irmão, Roberto de Assis Moreira, por suposta prática de estelionato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e operação de instituição financeira sem autorização.