As ações mais indicadas para março; CYRE3 entra e ASAI3 deixa a lista

Vale perde uma indicação, mas segue na liderança entre as mais recomendadas; Itaú se isola em segundo

Márcio Anaya

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Após um tombo de quase 5% em janeiro, o Ibovespa subiu 1% em fevereiro, para 129.020 pontos. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o desempenho está negativo em 3,9%.  

Mais uma vez, os analistas fizeram várias trocas nas carteiras recomendadas de ações, mas a maioria dos destaques se manteve em março em relação ao mês passado. Vale (VALE3) segue firme no topo do pódio, com nove indicações, seguida de Itaú Unibanco (ITUB4), que agora ocupa sozinho o segundo lugar, com cinco.

A novidade do mês fica por conta de Cyrela (CYRE3), com quatro apontamentos, mesma quantidade de Localiza (RENT3), Petrobras (PETR4), Sabesp (SBSP3) e Vivara (VIVA3), que permanecem no rol das preferidas. Assaí (ASAI3) perdeu uma recomendação e deixou a lista.

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Confira as análises sobre cada empresa:

Todos os meses, o InfoMoney analisa as carteiras recomendadas por dez corretoras, apontando as cinco companhias mais indicadas. Em caso de empate, o número pode ser maior, como ocorreu novamente. Veja a seguir as sete empresas mais citadas em março, a quantidade de recomendações e os desempenhos de cada papel em fevereiro, em 2024 e em 12 meses:

EmpresaTickerNº de recomendaçõesRetorno em fevereiro (%) Retorno em 12 meses (%)
ValeVALE39-1,14-14,79
Itaú UnibancoITUB456,9944,31
CyrelaCYRE347,5668,63
LocalizaRENT34-2,07-1,73
PetrobrasPETR44-0,77105,17
SabespSBSP340,3857,32
VivaraVIVA34-3,2553,61
Ibovespa**0,9922,96
Fontes: Ágora, Ativa, BB Investimentos, BTG Pactual, Genial, Guide, Órama, Santander Corretora, Terra Investimentos, XP Investimentos e Economatica.

Cyrela (CYRE3)

A empresa estreou em um dos portfólios selecionados e é a novidade de março, com um total de quatro escolhas. Para o BTG Pactual, os números de 2023 mostram que a companhia vem entregando resultados operacionais sólidos e consistentes, mesmo em um cenário desfavorável para o segmento de habitação de média/alta renda. Com o horizonte de queda dos juros, os analistas esperam condições mais favoráveis de hipoteca para os compradores de imóveis, o que beneficiaria a Cyrela.

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Vale (VALE3)

Mesmo com a queda recente no preço do minério, a companhia se mantém como preferidas dos especialistas, presente em nove carteiras indicadas para março – uma a menos em relação ao mês passado. Apesar das incertezas em relação ao ambiente externo, sobretudo na China, a Vale segue como destaque por conta da evolução operacional com controle de custos, mostrando uma alocação de capital disciplinada e sem deixar de entregar um retorno elevado aos acionistas, diz a BB Investimentos.

“Os investidores seguem preocupados com a recuperação da economia chinesa, o que sinaliza a possibilidade de que novos incentivos sejam adotados pelo governo local no curto prazo que, consequentemente, poderia contribuir para a elevação da demanda de minério e sustentação de seus preços.”

Itaú Unibanco (ITUB4)

Sob a liderança do presidente Milton Maluhy, o banco vem passando pela transformação digital mais efetiva entre os incumbentes, o que permitirá ampliar a sustentabilidade do retorno sobre o patrimônio (ROE) em comparação com os pares, afirma o BTG.

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“Além disso, no início de fevereiro, o banco reportou um quarto trimestre melhor do que o esperado, um dividendo extraordinário de R$ 11 bilhões (yield de 3%) e um guidance sólido.” Conforme o BTG, as premissas sugerem um lucro líquido de R$ 40 bilhões para o Itaú neste ano, o que representaria um aumento de 12%, em base anual.

Localiza (RENT3)

“Estamos incluindo Localiza na carteira em razão da queda das suas ações nos últimos meses”, diz a Ativa Investimentos. Com um cenário adverso no curto prazo para a venda de veículos seminovos, uma parcela relevante dessas expectativas já foi incorporada nas precificações vistas recentemente sobre a companhia, abrindo uma margem de segurança atrativa para o papel, afirma a corretora.

Petrobras (PETR4)

Segundo a BB Investimentos, a petrolífera segue apresentando bons resultados operacionais e financeiros, aproveitando-se dos investimentos feitos para reduzir os custos de extração, graças ao ganho de escala e novas tecnologias.

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“Esperamos que a Petrobras siga com rentabilidade atrativa, ainda que os novos segmentos mais ligados a [energias] renováveis tenham retornos menores do que a média do portfólio do pré-sal no curto prazo.”

Sabesp (SBSP3)

A empresa permanece como uma das principais recomendações da Ágora Investimentos no setor de utilidades públicas, tendo a privatização ainda como a principal tese de investimento para o curto prazo. Levando em conta o avanço no processo de venda, a corretora diz ter aprofundado a análise sobre a companhia e chegou a um novo preço-alvo, de R$ 111 por ação.

Vivara (VIVA3)

A Santander Corretora espera que 2024 se desdobre como mais um ano positivo para a Vivara. A instituição destaca a meta de abertura de 70 a 80 lojas, juntamente com o amadurecimento das unidades recém-inauguradas, o que deve suportar a continuidade do crescimento das vendas. Outra expectativa dos analistas é quanto ao aumento das margens bruta e Ebitda.

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Márcio Anaya

Jornalista colaborador do InfoMoney