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Ações nos EUA, IA, Bitcoin e ouro: as apostas da maior gestora do mundo para 2025

Segundo a gigante dos investimentos, o tradicional portfólio 60/40 já não faz tanto sentido no mundo atual, e vale abrir espaço para novidades

Lucas Gabriel Marins

Sede (Foto: Reuters/Carlo Allegri)
Sede (Foto: Reuters/Carlo Allegri)

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A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, definiu as apostas para 2025. A gigante dos investimentos, responsável por gerenciar US$ 11,5 trilhões, abre mais espaço para ações de empresas norte-americanas, papéis de companhias japonesas, crédito privado, ouro e criptomoedas. Já o grande tema do próximo ano será a inteligência artificial, afirma.

Os posicionamentos foram revelados em evento online na tarde desta quarta-feira (4). “Não estamos adotando uma abordagem defensiva para as nossas recomendações para 2025. Pelo contrário, acreditamos que há boas oportunidades, muitas das quais estão ao redor dos EUA, mas também em outras regiões”, disse Axel Christensen, estrategista-chefe de investimentos para a América Latina.

A gestora disse estar overweight nos Estados Unidos por causa da explosão da IA e do crescimento dos lucros das empresas. A resiliência da economia do país e os cortes nos juros promovidos pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) também apoiam o sentimento otimista. Mas “buscamos beneficiários fora do setor de tecnologia”, mencionou em relatório divulgado no encontro.

De acordo com a gestora, os EUA devem se destacar frente a outros mercados desenvolvidos no mercado acionário por causa da melhoria econômica e de sua capacidade de capitalizar melhor as mega forças – como a própria IA.

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Ações japonesas

Já as teses de investimentos de companhias japonesas são baseadas nas melhores perspectivas para a economia do país, em reformas empresariais que vêm gerando melhores lucros para acionistas e, por fim, o regresso da inflação. “Elas (companhias) estão devolvendo o excesso de capital que elas tiveram no passado, fazendo com que fiquem muito mais atrativas aos investidores”, disse Christensen.

Renda fixa

A gestora continua otimista com renda fixa, mas adota uma postura cautelosa em relação à dívida do governo dos Estados Unidos. A BlackRock afirma estar neutra em Treasuries (equivalente aos títulos do tesouro) de curto prazo porque o mercado está precificando menos cortes nos juros. Já em relação aos de longa duração, se mantém underweight porque “déficits orçamentários persistentes e fragmentação geopolítica podem aumentar o prêmio de prazo no curto prazo”.

Por outro lado, a gestora revelou que gosta de títulos do governo de longo prazo europeus, especialmente do Reino Unido. Motivo? O “Banco da Inglaterra cortará as taxas mais do que o mercado está precificando, dada uma economia fraca”. Sobre mercados privados, a empresa disse gostar de dívida corporativa dos EUA, mas tem preferência por aquele emitida no velho continente. “Preferimos crédito europeu – tanto grau de investimento quanto alto rendimento – em vez dos EUA em valuations mais baratas”.

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Ouro e criptomoedas

O tradicional portfólio 60/40, caracterizado por 60% de alocação em renda variável e 40% de renda fixa, já não faz tanto sentido no mundo atual, segundo a gestora, especialmente porque os títulos governamentais “tornaram-se uma almofada menos confiável em meio à venda de ações”. Há potencial, portanto, para diversificação de ativos, como o Bitcoin (BTC) e o ouro, afirma.

A maior criptomoeda do mercado é uma uma nova aposta, segundo a gestora, por causa de seu potencial de valorizar ao longo do tempo. No mês passado, o ativo digital flertou com o US$ 100 mil. O desempenho da criptomoeda durante as eleições nos Estados Unidos, renovando seu recorde de preço, também mostra que investidores que a adoção continua em alta, segundo a BlackRock.


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Já o ouro, segundo a gigante dos investimentos, é uma opção à medida que os investidores procuram reforçar as carteiras contra a inflação mais elevada. Outras gestoras, como a UBS Wealth Management e a britânica Schroders, também apostam no metal para o próximo ano.