Ações de dividendos mais indicadas para setembro; elétrica é novidade do mês

Com dividend yield de quase 20%, Petrobras encabeça a lista das mais recomendadas para o mês

Wellington Carvalho

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A Companhia Paranaense de Energia, a Copel (CPLE6), é a principal novidade entre as ações de dividendos mais recomendadas para o mês de setembro. A localização da operação e a geração de caixa da empresa chamam a atenção dos analistas.

Mensalmente, o InfoMoney compila as recomendações apresentadas por 10 corretoras. O estudo toma como base as indicações listadas nas sugestões de portfólios focados em dividendos.

Com um dividend yield (taxa de retorno com dividendos) de quase 20% nos últimos 12 meses, a Petrobras (PETR4) aparece como a favorita do mercado quando o assunto é proventos. A estatal recebeu sete recomendações.

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Na sequência, aparecem o Banco do Brasil (BBAS3) e a Telefônica Brasil, controladora da Vivo (VIVT3), as duas empresas têm seis indicações. Confira a lista completa das mais recomendadas para setembro e os respectivos desempenhos em agosto, no ano e nos últimos 12 meses, além do dividend yield.

TickerRecomendaçõesVariação em agosto (%)Variação em 2024 (%)Variação em 12 meses (%)Dividend Yield
PETR478,2320,0145,2819,94
BBAS367,668,0730,8210,61
VIVT367,341,0833,044,94
VALE350,21-16,432,2011,01
BRAP445,13-19,70-1,9213,20
CPLE643,371,1628,326,41
Fonte: Economatica, Rico, BTG Pactual, Terra Investimentos, BB Investimentos, XP, Genial, Guide, Santander, Itaú BBA e Ativa Investimentos

Petrobras (PETR4)

“Embora reconheçamos que os desenvolvimentos políticos e as novas fusões e aquisições podem ocasionalmente impactar o desempenho das ações, a empresa ainda oferece uma combinação atraente de valor e crescimento (muito lucrativo)”, afirma Bruno Lima, analista do BTG Pactual.

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Banco do Brasil (BBAS3)

Jennie Li, estrategista de ações da XP, avalia que as ações do banco andaram bem nas últimas semanas apesar de os resultados do segundo trimestre terem sido “apenas bons”. Segundo a especialista, a interrupção do ciclo de corte de juros tende a ajudar os resultados do banco no curto prazo em virtude de um custo de funding mais baixo.

Telefônica Brasil – Vivo (VIVT3)

Na visão de Ricardo Peretti, da Santander Corretora, o operacional da Vivo deve continuar melhorando ao longo dos próximos meses. “Prevemos um lucro líquido de R$ 7,2 bilhões em 2025, um crescimento de 24% ao ano – implicando uma base muito maior para distribuições de dividendos no futuro”, projeta.

Vale (VALE3)

“Ressaltamos que a Vale é a nossa Top Pick do setor de siderurgia & mineração”, acrescenta Peretti. “Além disso, vemos a Vale negociando com um desconto de 35% em relação aos pares globais”, complementa o analista do Santander.  

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Bradespar (BRAP4)

Em relatório, Rafael Reis, analista do BB Investimentos, estima um dividend yield (taxa de retorno com dividendos) de 16% para a companhia controlada pelo Bradesco e com participação na Vale.

Copel (CPLE6)

“A concessão da Copel está localizada em uma região com alta densidade demográfica e de renda elevada (estado do Paraná), e possui a equipe e a estratégia certa para levá-la a níveis de eficiência semelhantes aos de seus pares privados”, detalha Lima, do BTG Pactual. “Ao mesmo tempo, a operação oferece uma sólida geração de caixa, que deve se transformar em maiores dividendos”, finaliza.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.