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A segurança que um imóvel traz

Se deseja proteger os seus recursos e garantir ganhos em longo prazo, os imóveis surgem como uma das principais opções para enfrentar os tempos de crise

MoneyLab

O surpreendente e veloz efeito das contaminações pelo novo coronavírus pelo mundo causaram impactos por todos os setores.

No mercado de imóveis, houve uma repentina diminuição do número de lançamentos de empreendimentos e obras em preparação entraram em compasso de espera.

Mas, para o investidor, optar pela compra de um imóvel neste momento pode ser uma das melhores opções.

Investir em imóveis

Sem os riscos e a volatilidade da renda variável, esse tipo de ativo combina segurança e capacidade de valorização de longo prazo, prometendo rentabilidade superior à renda fixa, que pode perder para a inflação agora que a taxa de juros Selic está na casa dos 3%.

“Sempre vai existir uma demanda por imóveis. Ele é historicamente um dos investimentos mais estáveis”, diz Cyro Naufel, diretor da consultoria de imóveis Lopes.

“As pessoas vão continuar casando, se separando, mudando de casa e tendo filhos. A demanda é constante.”

Isso tem uma importância maior num país como o Brasil, com suas diversas instabilidades econômicas e políticas, e que ao mesmo tempo conta com enorme déficit habitacional.

São fatores que garantem uma valorização perene aos imóveis, não encontrada em outros ativos financeiros.

Proteção de patrimônio

Segundo o estudo Global Wealth Report de 2019, realizado pelo Credit Suisse, historicamente o investimento em imóvel acabou sendo no País uma das melhores formas de proteção de patrimônio para enfrentar períodos de inflação e de muitas incertezas, como as que marcaram os últimos anos.

O imóvel é um investimento tangível que mantém o seu valor, mesmo em crises mais agudas.

Até por isso, o setor acredita que mais investidores vão se dirigir a essas escolhas no momento.

Alguns fatores incentivam essa tendência.

Por exemplo, a proteção contra a inflação continua sendo importante, mesmo em períodos de aumento de preços menores do que no passado.

E esse investimento traz isso. As parcelas pagas pelo comprador do imóvel é corrigida pelo INCC, o índice nacional de custo de construção do mercado.

Já quem opta por alugar o seu imóvel pode ganhar em torno de 0,5% ou 0,6% ao mês, ao mesmo tempo que os valores são ajustados pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado).

Isso garante um rendimento protegido da inflação e que pode ficar em torno dos 6% ou 7% ao ano.

Trata-se de um ganho importante em comparação com os fundos e títulos vinculados à Selic, que correm o risco de renderem abaixo do aumento da inflação, neste ano.

“Além de tudo isso, o imóvel é uma opção de diversificação para a carteira”, lembra Naufel.

Compras virtuais

Quem pensa que será preciso aguardar o momento de distanciamento social passar para buscar o seu imóvel, está bem enganado.

Mesmo sem poder prever a chegada de um momento como o atual, empresas como a Lopes se prepararam para a digitalização das ofertas. Em 2019, a companhia – que faz a intermediação tanto em lançamentos quanto em revendas de imóveis, além de promover financiamentos – realizou uma oferta de ações na bolsa de valores.

O objetivo principal era captar recursos para investir em sua digitalização.

Ela, então, preparou nos últimos tempos tours virtuais, filmou decorados, criou chats online e contratos assinados digitalmente, tudo para facilitar a interação à distância entre o corretor e o cliente.

Agora, a Lopes está pronta para um momento tão desafiador.

Ela oferece um showroom virtual que permite aos interessados visualizar de forma muito realística as dimensões e decorações de cada cômodo de cada projeto, numa estrutura 3D.

O corretor apresenta, numa sala virtual, os imóveis sem o interessado pela compra nem precisar sair de sua casa.

A tecnologia tornou a experiência digital bastante agradável.

Isso tudo pode facilitar a decisão de compra dos clientes que estão buscando imóveis. “Antes da crise, o mercado vinha de seis anos de demanda reprimida, e no ano passado a Lopes cresceu 40%, porque nos preparamos para a retomada”, afirma Mirella Parpinelli, diretora da empresa.

“Temos ainda uma demanda grande, de um mercado que não foi atendido nos últimos anos. Por isso, acredito que as vendas voltarão rapidamente nos próximos meses.”

Essa análise é corroborada por pesquisa da Brain Inteligência Corporativa, que identificou que 45% das pessoas que tinham intenção de visitar imóveis no período anterior à chegada do coronavírus no Brasil desistiram desses planos momentaneamente por conta do isolamento social.

Mas, ainda assim, a maioria deles, 55%, continua desejando fechar negócios.

Por isso, iniciativas como os showrooms digitais da Lopes possuem apelo.

Segundo o Sindicato dos Corretores Imobiliários, o movimento nos plantões digitais aumentou muito, e foi 50% maior do que o normal para o período do ano.

Momento certo

Crises também podem ser oportunidades.

Para o investidor, boas opções de compras surgem em momentos como o atual, em que proprietários e incorporadoras estão colocando imóveis à venda com condições especiais.

A taxa Selic mais baixa também facilita tomar crédito de forma menos custosa.

Desde o início da crise, a Caixa Econômica Federal tem promovido diversas medidas para diminuir o impacto da epidemia no setor imobiliário.

Ela já anunciou R$ 154 bilhões em ajuda para bancar a atividade desse mercado e em linhas de crédito para financiar construções. Houve também redução de taxas de juros.

Além disso, pessoas e empresas poderão adiar parcelas de financiamento por três meses e antecipar recebimento de recursos.

Todos esses fatores fazem do imóvel um investimento – desde que feito com a segurança da fonte de renda garantida para os próximos anos – dos mais confiáveis e de grande oportunidade para o momento.

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