7 ações de dividendos indicadas para fevereiro; Vale e BB lideram as preferências

BB Seguridade e Petrobras também estão entre as mais citadas pelos analistas

Márcio Anaya

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O índice de dividendos (Idiv) da B3 terminou janeiro com queda de 3,5%, aos 8.755 pontos, após dois meses seguidos de ganhos. No mesmo intervalo, o Ibovespa recuou 4,9%.

De olho na safra de balanços do quarto trimestre de 2023, os especialistas fizeram poucas alterações nas carteiras recomendadas de dividendos para fevereiro – o que resultou na saída de CPFL Energia (CPFE3) do rol de destaques, em comparação ao mês passado.

A Vale (VALE3) aparece mais uma vez no topo do pódio, com sete indicações, seguida de Banco do Brasil (BBAS3), com seis. BB Seguridade (BBSE3), que anunciou R$ 2,5 bilhões em dividendos nesta segunda-feira (5), e Petrobras (PETR4) figuram em terceiro, empatadas com cinco escolhas. O bloco seguinte traz Engie (EGIE3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Telefônica Brasil (VIVT3), todas com quatro apontamentos.

Confira as análises sobre cada papel:

Todo início de mês, o InfoMoney traz um levantamento das carteiras de ações recomendadas por dez corretoras para quem tem foco em dividendos, apontando os cinco papéis preferidos dos analistas. O número pode ser maior, se houver empate, como ocorreu agora. Confira a seguir as análises das sete companhias mais indicadas para fevereiro:

EmpresaTickerNº de recomendaçõesDividend yield em 12 meses (%)Retorno em janeiro (%) Retorno em 12 meses (%)
ValeVALE376,43-12,23-22,19
Banco do BrasilBBAS3611,231,9153,21
BB SeguridadeBBSE359,201,780,51
PetrobrasPETR4527,808,62100,11
EngieEGIE347,37-10,4810,45
Itaú UnibancoITUB444,96-3,4535,51
Telefônica BrasilVIVT344,92-3,8928,76

Vale (VALE3)

A empresa segue como a mais lembrada entre os papéis de dividendos, com sete escolhas. “Antecipamos um ambiente operacional melhor para a Vale em 2024, com os mercados de minério de ferro caminhando para mais um ano de déficits e contínuas revisões positivas de lucros”, diz o BTG.

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Nas contas do banco, os preços do minério de ferro devem ficar, em média, em US$ 120 a tonelada neste ano, sendo possível haver mais revisões positivas nos próximos meses.

Banco do Brasil (BBAS3)

A instituição permanece em segundo lugar no ranking, com seis indicações. Em relatório, a XP afirma que o setor financeiro segue bem posicionado em relação aos demais, em função da resiliência e do momento favorável dos resultados.

“Levando isso em consideração, reafirmamos nossa visão positiva em relação ao nome [BB], devido ao perfil defensivo de sua carteira, com baixas taxas de inadimplência e a maior taxa de cobertura do setor.”

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BB Seguridade (BBSE3)

A companhia ocupa a terceira colocação geral, com cinco apontamentos, empatada com a Petrobras (PETR4). “Possuíamos BB Seguridade na carteira dividendos para estarmos posicionados em uma ação defensiva, geradora de caixa para o acionista e que usualmente reporta um payout [fatia do lucro distribuída aos investidores] próximo ou acima de 90%”, diz a Ativa Investimentos.

Petrobras (PETR4)

A petrolífera também registra cinco recomendações no mês. Segundo o BTG, levando em conta os dividendos regulares e extraordinários, a Petrobras tem potencial para distribuir US$ 19,4 bilhões em 2024 (ano calendário), equivalente a um yield (retorno) estimado de 18%.

“Reconhecemos que não é óbvio que a companhia distribuirá todo o potencial extraordinário, mas permanecemos confiantes de que há espaço para remuneração em caixa que exceda sua política de distribuição (45% do fluxo de caixa menos capex).”

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Engie (EGIE3)

A companhia, maior produtora privada de energia elétrica do país, abre o bloco das ações de dividendos com quatro indicações em fevereiro. Segundo a Ágora, a participação no segmento de transporte de gás, além da exposição ao negócio de transmissão de energia, contribui para a previsibilidade nos resultados e manutenção de dividendos atrativos. A instituição prevê um retorno com proventos na casa de 7% neste ano. 

Itaú Unibanco (ITUB4)

O banco figura em quatro carteiras neste mês. Na avaliação do BTG, o Itaú conseguiu navegar em um ciclo de aumentos relevantes na inadimplência de cartões de crédito/empréstimos sem garantia, ao mesmo tempo em que seguiu expandindo seus empréstimos e receitas de prestação de serviço – sem afetar significativamente os resultados. Com isso, reúne o status de banco premium com um valuation atraente e exposição a uma carteira mais defensiva.

Telefônica Brasil (VIVT3)

A dona da marca Vivo também registra quatro citações e fecha a lista de destaques. Para a Ágora, as empresas de telecom permanecem com tendências operacionais positivas, que provavelmente resultarão em uma boa geração de caixa – elevando o potencial de retorno aos acionistas. A corretora estima um retorno com dividendos da Telefônica Brasil de 6,4% em 2024, “oferecendo assim uma boa proteção para os investidores”.

Márcio Anaya

Jornalista colaborador do InfoMoney