6 títulos do Tesouro Direto para investir em outubro

A mudança na taxa Selic e a perspectiva de juros maiores por mais tempo mexeram com as recomendações para os títulos públicos; veja os preferidos de Itaú e XP

Monique Lima

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O cenário para a taxa básica de juros (taxa Selic) ao fim de 2024 mudou nos últimos meses, e em setembro deu um passo em direção a essa mudança. Se 10,50% era um patamar considerado positivo para a rentabilidade de ativos de renda fixa, a perspectiva de 11,75% é ainda mais – mas não para todos os títulos. 

Segundo o relatório de recomendação de títulos públicos do Itaú BBA para outubro, “os títulos pós-fixados continuarão apresentando retornos elevados no curto e médio prazo”. Uma visão que é compartilhada pelo time de alocação da XP.

Leia também: Tesouro IPCA+ x Tesouro Selic: qual a melhor opção com inflação e juros em alta? 

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Tesouro Selic  

A primeira escolha de ambas as casas é pelo Tesouro Selic. A XP prefere o título de vencimento em 2029, enquanto o BBA recomenda o papel de vencimento em 2027.  

Segundo os analistas, pós-fixados como o Tesouro Selic devem manter retornos elevados em termos nominais e em termos reais (acima da inflação). “A dinâmica deve continuar nos próximos trimestres, explicando a manutenção de nossa sugestão no Tesouro Selic 2027, que cumpre as funções de prover liquidez à carteira, amortecer a volatilidade e continuar a rentabilizar o capital acima da taxa de inflação”, diz o relatório do banco. 

O título é o que mais se valorizou no acumulado de 2024, segundo o índice IMA-S da Anbima, que acompanha esses títulos públicos. Até setembro, a valorização foi de 8,20%.

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Veja os títulos pós-fixados recomendados para outubro: 

Indexador  Título  Taxa  
Pós-fixado  Tesouro Selic 2027  Selic + 0,05% 
Pós-fixado  Tesouro Selic 2029  Selic + 0,1% 
Fontes: Itaú BBA e XP Inc.

Tesouro Prefixado  

A XP avalia que os prefixados estão com retornos elevados, acima dos 12% após a última alta da Selic, de modo que é um investimento atrativo principalmente pela previsibilidade do retorno no vencimento. A indicação é escolher papéis de prazo intermediário (entre dois e três anos), aproveitando as taxas altas.  

Nesta categoria, os papéis com vencimento em até um ano, acompanhados pelo IRF-M 1, são os que acumulam mais ganhos no ano, de 7,18% até setembro. Os títulos com vencimentos maiores (IRFM 1+) somam 2,50% de ganhos no ano.  

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Veja o título prefixado recomendado para outubro:

Indexador  Título  Taxa  
Prefixado Tesouro Prefixado 2027  12,40% 
Fontes: Itaú BBA e XP Inc.

Tesouro IPCA 

XP e Itaú BBA divergem sobre a escolha de vencimento para títulos de inflação em outubro.

A XP manteve títulos mais curtos, de menos de cinco anos, na sua recomendação. Os analistas ponderam sobre o cenário instável das projeções para os juros, que tem impacto direto no preço e nos prêmios dos papéis.  

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Segundo índice da Anbima que acompanha o Tesouro IPCA, os títulos mais curtos, verificados no IMA-B 5, tiveram um melhor resultado no ano, de alta de 5,30%, enquanto os papéis mais longos, acima de cinco anos (IMA-B 5+), acumularam apenas 2,62% de valorização em 2024.  

Para o BBA, o cenário mais otimista para os títulos de inflação está no longo prazo. “Embora seja esperada continuidade do cenário de taxa Selic elevada nos próximos trimestres, em horizontes mais longos o retorno de títulos pós-fixados deve convergir para o nível de equilíbrio ao redor de 5,0% a.a. acima da inflação, abaixo dos níveis oferecidos hoje”, diz o relatório.  

Veja os títulos indexados à inflação recomendados para outubro:

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Indexador  Título  Taxa  
Inflação  Tesouro IPCA+ 2028 IPCA+ 6,31% 
Inflação  Tesouro IPCA+ 2029  IPCA+ 6,61% 
Inflação Tesouro IPCA+ 2045  IPCA+ 6,36% 
Fontes: Itaú BBA e XP Inc.