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5 ações gringas que podem crescer com o declínio da população mundial

Simon Edelsten, ex-gestor de fundos profissionais, disse no Financial Times que a queda na taxa de natalidade também ofecere oportunidades

Lucas Gabriel Marins

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A taxa média de natalidade mundial era de 5,3 filhos por mulher no início da década de 60, segundo dados do Banco Mundial. Em 2020, último dado da pesquisa, o número recuou para 2,3 bebês – qualquer valor abaixo de 2,1 indica declínio populacional. Ao mesmo tempo, a ONU diz que o número de pessoas com 65 anos ou mais no mundo deve dobrar até 2025.

Todo esse cenário assusta muita gente – como Elon Musk, que dorme ouvindo podcast sobre o fim da população – porque indica menos força de trabalho no futuro. No entanto, também sinaliza possíveis oportunidades no longo prazo, escreveu Simon Edelsten, ex-gestor de fundos profissionais, no Financial Times.

Um dos segmentos que devem se beneficiar, disse, é o de companhias que apostam em automação e inteligência artificial (AI), que terão poucos funcionários por dólar de rendimento e estarão menos expostas à pressão salarial.

“Significa que haverá uma pressão econômica substancial para adotar a automação. A inteligência artificial desempenhará sem dúvida um papel, não apenas através do ChatGPT e da IA ​​generativa, mas também através da promoção da eficiência em outras áreas de mão de obra intensiva, como os serviços governamentais”, falou Edelsten.

Oportunidades

Uma das empresas mencionadas é a Apple (AAPL34), que emprega 161 mil pessoas e aposta em automação e IA. O site The Information revelou em matéria de junho que a companhia planeja automatizar mais ainda a confecção do iPhone e reduzir o número de trabalhadores na linha de produção nos próximos anos.

Recentemente, o lendário investidor Warren Buffett vendeu metade das ações da empresa, ficando com apenas 400 milhões de papéis, assim como a Coca-Cola (COCA34). Um teoria recente sugere que o megainvestidor fez isso porque a Apple virou uma ação permanente em seu portfólio, da mesma forma que a companhia de bebidas.

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Edelsten também citou a Adobe (ADBE34), que emprega apenas 30 mil pessoas e aposta em automação, e a Accenture (ACNB34), que pode ver um aumento na procura de seu serviço de aconselhamento para IA nos próximos anos. Ele também citou a Amazon (AMZO34), que, apesar de ter 1,5 milhão de colaboradores, não sofre tanto com pedas de lucros, como as outras varejistas.

O envelhecimento da população também vai gerar aumento por serviços de saúde. Por isso, segundo o especialista, as empresas líderes em automação de saúde também podem ser beneficiadas pelo cenário. Um dos exemplos mencionados é a Danaher (DHER34), que produz e vende dispositivos médicos.