2025 traz cautela e desafios mas também boas oportunidades, segundo gestores Outliers

Renda fixa deve seguir protagonista, mas há boas oportunidades em outras classes

Camille Bocanegra Victória Anhesini

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2025 ainda promete desafios e exige cautela para a maioria das classes de ativos, de acordo com gestores de fundos premiados na Premiação Outliers InfoMoney. A exceção, naturalmente, é a renda fixa, que deve seguir como protagonista, como foi no ano passado. Para classes de multimercados e ações, consideradas como parte da indústria de riscos, o cenário desafiador deve se manter.

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“Eu acho que a dinâmica de 2025 continua desafiadora para classes de risco, o que exige da indústria mais inovação”, considera Ricardo Eleutério, diretor da Bradesco Asset. Há espaço cativo para opções como crédito privado, em especial no mês de janeiro com o fechamento dos spreads voltando à normalidade. O gestor entende que há um desafio e novas oportunidades para o investidor brasileiro.

“A gente sente muito também e acho que a indústria se desenvolveu na questão, tem se desenvolvido. A gente já vem num outro patamar de educação financeira e sobe de espaço para diversificação internacional”, afirma.

Se nas primeiras projeções para 2025, a expectativa não era muito diferente disso, alguns dos primeiros acontecimentos do ano já mostram que é possível que existam oportunidades inesperadas.

Para Sara Delfim, o ambiente macro no Brasil pode ser favorecido com o crescimento da economia dos EUA e se a guerra comercial não for agressiva como se antecipa. “Para os mercados emergentes, pode ser uma boa notícia e pode se provar um ano desafiador mas que ainda um ano bom para ativos de riscos como bolsa”, sustenta.

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Para Marcelo Melo, presidente da SulAmérica Investimentos, o fluxo deve continuar direcionado para renda fixa. Em sua visão, 2024 foi um ano “difícil de entender” e 2025 promete ser similar. Ainda assim, o gestor faz a ressalva de que a indústria não parece que sofrerá como aconteceu no ano anterior.

“Quando a gente olha para 2025, nosso entendimento é que a seleção que o gestor vai fazer do ativo vai ser muito mais relevante que em 2024”, considera Ana Rodella. O ano passado teria oferecido um bom momento para todos os ativos de crédito. Já 2025, em sua visão, poderá ser marcado por maiores desafios macroeconômicos. Para a gestora, isso garante que o trabalho cuidadoso do gestor seja ainda mais necessário.