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SÃO PAULO – Duas das 11 ações que compõem a Carteira Recomendada InfoMoney apresentam valorização de mais de 20% no acumulado de janeiro. Até o fechamento do pregão de segunda-feira (22), as ações da Braskem (BRKM5) acumulam alta de 21,37% e os ativos de Usiminas (USIM5) subiram 23,63%.
Será que ainda dá tempo de seguir a recomendação de compra? De acordo com Thiago Salomão, responsável pela Carteira Recomendada InfoMoney e pelo curso “Como Montar uma Carteira de Ações Vencedora”, ainda é um bom momento para comprar as ações da Braskem porque a empresa vem de um período operacional positivo longo e mostrou boa geração de caixa em 2017.
Como não realizou grandes investimentos, isso abriu a possibilidade de pagar “uma bolada em dividendos”. “A Braskem continua gerando caixa e podendo distribuir para os acionistas de uma maneira um tanto previsível. Soma-se a isso as boas notícias que têm saído sobre a empresa. A mais recente foi de que os controladores estão avançando na reorganização societária”, conta Salomão.
A Petrobras informou na sexta-feira (19) que mantém conversas adiantadas com a Odebrecht para a assinatura de um novo acordo de acionistas da Braskem. “Isso pode provocar não só uma troca de controle na Braskem, mas também a conversão de ações em uma única classe São dois eventos positivos para o papel”, considera Salomão.
O analista lembra que a troca de controle geralmente é feita com um prêmio sobre as ações e a conversão das ações traz benefícios para a governança corporativa.
Outro ponto positivo para a Braskem é o fato de a empresa ser pouco dependente da recuperação da economia brasileira – diferente da Usiminas. Dessa forma, a Braskem tende a sofrer menos se houver surpresas negativas na economia do país.
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Do outro lado, Salomão é menos confiante – apesar de se manter otimista – com as ações da Usiminas, porque os papéis já subiram muito. “Ela teve fundamentos para subir em 2017 e é uma das empresas mais alavancadas da Bolsa”, destaca.
A queda de juros reduziu drasticamente as despesas que a empresa tinha devido à alta alavancagem. Com a perspectiva de que a economia continue crescimento e a Selic siga em patamar reduzido, a empresa tem espaço para crescer mesmo sem fazer novos investimentos, contando apenas com sua capacidade ociosa.
“Apesar de todo esse cenário positivo para a empresa, há o risco de a ação já ter subido demais e qualquer surpresa negativa na economia ou na política pode provocar devolução forte. Assim como ela puxou as altas da Bolsa no momento de euforia, pode puxar a queda”, alerta Salomão, ponderando que a estabilização dos preços nos últimos pregões deixa a ação da Braskem mais “convidativa” para quem ainda não comprou os papéis.
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Confira a composição da carteira de janeiro:
Ação | Ticker | Participação |
B3 | BVMF3 | 13,7% |
Localiza | RENT3 | 12,7% |
Petrobras | PETR4 | 10,6% |
Smiles | SMLS3 | 12,5% |
RD | RADL3 | 10,1% |
CCR | CCRO3 | 8,4% |
Braskem | BRKM5 | 8,2% |
Fibria | FIBR3 | 7,9% |
Usiminas | USIM5 | 6% |
BRF | BRFS3 | 6% |
Eletrobras | ELET3 | 3,7% |
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