15 títulos isentos de IR que pagam mais que o Tesouro Direto para investir agora

Títulos de crédito corporativo são indicados para conferir mais diversificação à carteira e aumentar os rendimentos - de preferência, isentos de impostos

Monique Lima

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A renda fixa continua sendo um dos principais investimentos indicados por analistas em 2024, até mesmo para os investidores com perfil mais arrojado. Segundo o time e alocação da XP, carteiras mais sofisticadas devem ser 47,5% ocupadas por essas aplicações.   

Mas nem só de título público e emissão bancária se faz um portfólio de renda fixa. A diversificação também passa por crédito privado, com possibilidades em ativos isentos de Imposto de Renda, e retornos bem maiores do que os oferecidos pelo Tesouro Direto – que já estão nas alturas.

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Em relatório, analistas do BB-BI apontam o momento como favorável para o crédito privado, “após um período de compressão significativa de spreads em razão das alterações regulatórias no início do ano que impactaram lastros e prazos de emissão de CRAs, CRIs, LCIs e LCAs”.

Desde maio, a avaliação é que os prêmios estão mais estáveis e há um maior equilíbrio entre oferta e demanda, “o que pode ser explicado, entre outros motivos, por um maior conservadorismo dos investidores diante de maior volatilidade da curva de juros e da desancoragem das expectativas de inflação”, escrevem os analistas.  

A recomendação na casa é por títulos high grade, ou seja, com maior nível de segurança e classificação de risco igual ou superior a AA, características vistas como necessárias visto que os juros elevados por mais tempo devem apertar as condições financeiras das empresas. 

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Um deles é uma debênture da CTEEP (TRPLB4) que paga IPCA + 6,4364%, isenta de IR, também na carteira do Itaú BBA.

No BTG Pactual, uma das escolhas é pela debênture da 3R Petroleum (RRRP13), com rendimento IPCA+ 8,4166% e vencimento em 2033. Analistas destacam como pontos positivos da empresa um time de gestão experiente, portfólio de negócios diversificados, prêmio de crédito atrativo e o fato de ser uma das maiores operadoras de petróleo independente no Brasil.  

Confira a seguir debêntures incentivadas, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs), com rendimentos atrelado à inflação (IPCA) e ao juros (CDI) recomendados por BB-BI, BTG Pactual e Itaú BBA.

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Nome e códigoAtivo Taxa de negociaçãoVencimento
Armac (CRA022007KH)CRA IPCA + 6,6234%15/06/2029
Cogna (22E1321749) CRI IPCA + 7,9273%15/07/2029
Eletrobras (ELET14) Debênture IPCA + 6,3170%15/09/2031
3R Petroleum (RRRP13)Debênture IPCA + 8,4166%15/10/2033
Comerc (COMR14)Debênture IPCA + 7,9171%16/11/2038
Iguá Rio de Janeiro (IRJS14)Debênture IPCA + 8,2000%15/05/2043
Iguá Rio de Janeiro (IRJS15 )Debênture IPCA + 7,1303%15/02/2044
Minerva (CRA02300MJ9)CRA DI + 1,5000%15/09/2028
JSL (CRA024001P7)CRA DI + 1,2000%17/02/2031
Origem (ORIG21)Debênture Pré-Fixado 14,1500%15/12/2035
CTEEP (TRPLA4)Debênture IPCA + 6,2607%15/10/2033
CTEEP (TRPLB4)Debênture IPCA + 6,4364%15/10/2038
Rumo (RUMOB7)Debênture IPCA + 6,1830%15/05/2033
Raízen (CRA02300JR6)CRA IPCA + 6,2513%17/10/2033
Hapvida (22K0934871)CRI DI + 0,7500%15/12/2027
Fonte: BB-BI, Itaú BBA e BTG Pactual

IPCA ou CDI?  

Analistas do Itaú BBA alegam que cada um dos indexadores deve ter um propósito diferente na carteira do investidor. “Títulos em IPCA são interessantes para quem deseja investir com ganho real (acima da inflação), mas sabendo que seu título poderá sofrer com a marcação a mercado até o vencimento”, diz relatório do banco.  

Já os papéis indexados a CDI fazem sentido para o investidor que quer ter parte do seu portfólio em títulos pós-fixados, com menos exposição à marcação a mercado, porém com uma rentabilidade ainda acima dos títulos públicos. 

Para os analistas do Santander, os papéis de crédito podem ter um vencimento mais alongado do que os títulos públicos devido à melhor relação risco e retorno, devido à possibilidade de ganho com a marcação a mercado uma vez que os juros brasileiros caiam.