15 melhores criptomoedas para investir R$ 10 mil hoje, além dos clássicos Bitcoin e Ethereum

InfoMoney compilou as sugestões dos especialistas de uma casa de análise, uma exchange e uma empresa de soluções financeiras em blockchain

Lucas Gabriel Marins

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O investidor iniciante pode ficar perdido quando decide dar os primeiros passos no mercado financeiro, repleto de produtos de investimentos que vão de A a Z. No segmento de criptomoedas, a dúvida é ainda maior, visto que existem cerca de 25 mil moedas digitais, segundo o agregador CoinMarketCap.

Para diminuir a ansiedade da escolha, a reportagem do InfoMoney questionou três especialistas – de uma casa de análise, de uma exchange e de uma empresa internacional de soluções financeiras em blockchain – sobre quais seriam as melhores opções para comprar R$ 10 mil em criptos. Fundos e ETFs que alocam em ativos do setor não foram considerados.

Antes das sugestões, vale um alerta: ao mesmo tempo que o mercado cripto oferece oportunidades de lucro, é considerado bastante arriscado. Até pouco tempo era comum o Bitcoin (BTC), moeda digital líder do setor, cair 10% ou 15% em um só dia, o que pode levar investidores desavisados ao estresse.

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Por isso, há uma recomendação quase unânime entre especialistas, direcionada principalmente aos investidores iniciantes com pouco conhecimento em mercado financeiro: só se aplica em criptoativos o dinheiro que não será necessário para comprar o pão de cada dia.

As “blue chips” entre as criptomoedas

Luiz Pedro, analista de criptos da Nord Research, dedicaria a maior parte do portfólio para as criptomoedas “blue chips” (com alto valor de mercado). “Pensando nesse valor inicial, acho que vale ter uma porcentagem bastante relevante nas principais criptos – Bitcoin e Ethereum (ETH) – compondo certa de 70% a 80% dessa carteira”, disse.

Juntos, os dois ativos digitais representam quase 70% do valor de mercado de US$ 1,17 trilhão do setor cripto.

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Um dos principais catalisadores de alta do BTC é um evento técnico chamado halving, que corta a emissão da moeda pela metade, previsto para ocorrer no próximo ano. No caso do Ethereum, a rede continua sendo a líder no ramo de smart contracts (contratos inteligentes).

“De forma complementar a isso, vale a pena colocar 5% de caixa para reserva de oportunidades no futuro, caso o mercado caia ou surja algo interessante a respeito de alguma cripto ou mesmo uma cripto nova que tenha bom potencial, e outros 15% em bons ativos que tenham boa perspectiva no longo prazo”.

Entre as opções de tokens para os 15% mencionados, segundo Pedro, estão Polygon (MATIC), que passou por uma atualização recente; ChainLink (LINK), que lançou um novo protocolo neste mês; e tokens de protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), como Compound (COMP), Aave (AAVE) e Synthetix (SNX).

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Bitcoin, Ethereum e até Dogecoin

Thiago César, CEO da Transfero, também aposta nas moedas digitais pioneiras do segmento. “Recomendo 30% em Bitcoin, por causa de sua resiliência histórica e de sua característica de reserva de valor, e porque é a cripto mais tradicional, que compartilha propriedades com o ouro [escassez e inflação previsível] e, portanto, tem o menor risco aparente”.

Outros 30% seriam destinados ao Ethereum, segundo ele, porque o token foi o primeiro projeto que possibilitou a criação de smart contracts em uma rede blockchain pública e descentralizada. “As aplicações em DeFi são majoritariamente construídas em cima dessa rede. É um ativo também ‘tradicional’ dentro do referencial de cripto, percebido como de menor risco”.

Em seu portfólio, os outros 20% seriam direcionados para Optimism (OP), Arbitrum (ARB) e MATIC. “Esses três projetos são bem mais novos e buscam aumentar a escalabilidade da rede Ethereum, melhorando a velocidade e o custo de transações em aplicações de finanças descentralizadas”.

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Outros 5% seriam direcionados para Dogecoin (DOGE), uma memecoin que, apesar de não ter valor aparente, é impulsionada por tendências e movimentos em redes sociais, disse. E mais 5% na Solana (SOL), concorrente do Ethereum que se propõe a ser uma rede mais rápida e barata.

Por fim, 5% em criptos Velodrome (VELO) e 5% em Injective (INJ), segundo César. “A Velodrome se mostra como uma das maiores exchanges descentralizadas da rede Optimism, conta com uma capitalização de mercado baixa e pode ter upsides [potencial de alta] fantásticos. Já a Injective tem se mostrado um projeto que está liderando a implementação de corretoras descentralizadas de derivativos”.

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Quase 90% em BTC e Ether

André Franco, head do Research do Mercado Bitcoin (MB), tem visão semelhante em relação ao Bitcoin e ao Ethereum. “Acreditamos que é preciso ter um bom percentual em Bitcoin (63%), podendo estender até para mais, e 25% em Ether, pois entendemos que a tese de uma plataforma de contrato inteligente é bem robusta”.

Franco também sugere que 4% dos R$ 10 mil sejam colocados na stablecoin USD Coin (USDC). Essa criptomoeda estável tem seu valor pareado ao dólar. “É uma defesa que evita que a gente tenha muita volatilidade do portfólio em uma queda, e no momento de alta esses 4% acabam não afetando tanto o crescimento”.

Outros 5% iriam para o Lido DAO (LDO), um ativo digital que, segundo ele, tem bom desempenho em períodos de altas do mercado. Por fim, falou, 1% seria direcionado para a Stacks (STX), por causa da relação do projeto com o BTC, 1% na MATIC e 1% na Mina (MINA), uma cripto pouco falada que roda em uma blockchain construída para reduzir custos.

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