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Antes do início das competições de atletismo na manhã desta segunda-feira, a primeira atividade foi a entrega de medalhas dos 100 m rasos masculino. Pela primeira vez desde 1992, um atleta europeu subiu no lugar mais alto do pódio. O feito foi conquistado pelo italiano Marcell Jacobs no dia anterior, quebrando a hegemonia dos países da América do Norte e do Caribe.
O último atleta europeu que tinha conquistado a medalha de ouro dos 100 m rasos masculino havia sido o britânico Lindford Christie em Barcelona-1992. Depois dele, o canadense Donovan Bailey venceu a prova em Atlanta-1996, seguido pelos americanos Maurice Greene em Sydney-2000 e Justin Gatlin em Atenas-2004. Depois disso, só deu o jamaicano Usain Bolt, campeão em Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016.
Vencedor em 2021, Marcell Jacobs é fã declarado de Usain Bolt. Ele lembra, inclusive, onde estava quando o jamaicano ganhou o primeiro ouro em 2008.
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“Isso foi em 2008 e eu estava na praia e assistia às Olimpíadas pela TV. Naquela época eu não era um atleta profissional, mas já competia porque gosto de correr. Acho que me lembro de cada corrida do Usain Bolt porque eu assisti a todas elas. Eu assisti ele na TV e é inacreditável. Eu estou aqui hoje onde ele estava antes”, disse incrédulo.
Com o jamaicano recordista mundial aposentado, o italiano Marcell Jacobs aproveitou a oportunidade para conquistar a medalha de ouro. Ele venceu a prova com a marca de 9s80, superando em apenas quatro centésimos o americano Fred Carley, que ficou com a prata. Andre de Grasse, do Canadá, ficou com o bronze.
“Tentei apenas focar no meu desempenho e correr o mais rápido possível. E acho que fiz isso perfeitamente porque estabeleci um novo recorde europeu. Venci a final e não era o favorito. Eu não era quem todos pensavam que ganharia o ouro e isso é fantástico”, comemorou.
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A grande curiosidade é que foi a primeira vez que Marcell Jacobs correu os 100 m rasos abaixo de 10s. Seu recorde anterior, obtido em 2019, em Padova, era de 10s03.
Sua ambição para os Jogos Olímpicos era correr abaixo de 10s pela primeira vez. Mas ele conseguiu muito mais do que isso e levou para a Itália a histórica medalha de ouro. No Mundial de 2019, por exemplo, ele fez 10s20 e não passou da semifinal.
“Quando você é criança, você sonha em ganhar uma medalha de ouro. E quando eu comecei a fazer atletismo, meu sonho era ganhar os Jogos Olímpicos. Eu estava saltando naquela época e meu sonho até dois anos atrás era vencer no salto em distância. Então eu tive alguns acidentes e pensei, OK, isso pode ser um pouco mais difícil do que eu pensava. Claro, você nunca desiste do seu sonho. Você pode sonhar o que quiser e quando começa a realizar seus sonhos, quando você começa a alcançar seus objetivos, isso lhe dá aquela sensação incrível”, tentou explicar os sentimentos.
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A marca obtida por Marcell Jacobs em Tóquio foi superior à de Usain Bolt na Rio-2016, quando o jamaicano venceu com 9s81.
Na história, foi a quinta melhor marca da história dos 100 m rasos em Jogos Olímpicos, atrás das vitórias de Bolt em Londres-2012 (9s63) e Pequim-2008 (9s69), do jamaicano Yohan Blake, prata em 2012 com 9s75, e de Justin Gatlin, bronze em 2012 com 9s79.
Apesar de ter dado a vitória a uma nação europeia pela primeira vez em 29 anos, Marcell Jacobs tem forte ligação com os Estados Unidos. Ele nasceu em El Paso, no Texas, filho de mãe italiana e se mudou ainda criança para a Itália.
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