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(Reuters) – A trader global de grãos Viterra está em negociações para se fundir com a rival norte-americana Bunge, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, em um potencial meganegócio que remodelaria o primeiro escalão dos comerciantes globais de grãos.
Não há certeza de que a Viterra, controlada em parte pela gigante suíça de mineração e comércio Glencore, chegará a um acordo, disse a fonte, pedindo anonimato, pois as discussões são confidenciais.
A estrutura do acordo ainda não foi finalizada e está sendo discutida por ambas as partes, disseram fontes.
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As ações da Bunge eram negociadas a 93,76 dólares nesta quinta-feira, avaliando a empresa em cerca de 14 bilhões de dólares.
Comerciantes globais de commodities acumularam reservas de caixa depois de obter grandes lucros no ano passado, quando a invasão russa da Ucrânia interrompeu os embarques e os preços das safras dispararam.
Comerciantes como a Bunge e a Viterra ganham dinheiro comprando, vendendo, armazenando e processando safras, muitas vezes capitalizando com as interrupções de abastecimento causadas por crises como seca ou guerra.
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Uma fusão com a Bunge colocaria a Viterra entre os principais comerciantes globais de grãos, que incluem gigantes como Cargill e Archer-Daniels-Midland, com acesso a terminais de exportação nos Estados Unidos, um dos maiores produtores e fornecedores de grãos.
A Viterra comprou a norte-americana Gavilon da japonesa Marubeni no ano passado por 1,1 bilhão de dólares, dando-lhe significativamente mais ativos físicos de manuseio de grãos nos EUA e tornando-a a terceira maior exportadora de soja do Brasil, onde a Bunge já tem forte presença.
Glencore, Viterra e Bunge se recusaram a comentar. A Bloomberg noticiou pela primeira vez as negociações entre a Viterra e a Bunge.
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(Reportagem adicional de Deep Vakil em Bengaluru, Gus Trompiz em Paris, Clara Denina em Londres e Karl Plume em Chicago)