Usiminas lidera as perdas do Ibovespa em novembro após queda de 27,79%

Ternium faz acordo para entrar no bloco controlador da siderúrgica, mas ausência de tag along decepciona o mercado

Marcel Teixeira

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SÃO PAULO – As ações ordinárias da Usiminas (USIM3) recuaram 27,79% no mês de novembro, passando de R$ 24,65 (fechamento de outubro) para R$ 17,80. Desta forma, os papéis configuraram a maior queda mensal dentre as ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa, que encerrou o mês em queda de 2,51%.

A Ternium comprou a participação do capital votante da Votorantin e Camargo Corrêa (CCIM3) na Usiminas, com a aquisição de 139,7 milhões de ações ou 27,7% de participação acionária. No entanto, o presidente da Usiminas, Wilson Brummer, jogou um balde de água fria nas esperanças dos minoritários que estavam posicionados no papel ordinário para ganhar com o benefício do tag along após a troca do bloco controlador. 

O tag along estende a todos os acionistas minoritários as mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle e, no caso da Usiminas, acreditava-se que seria de 80%. No entanto, Brummer afirmou que, por conta da Nippon manter-se com participação majoritária, a entrada da Ternium no bloco acionário não representaria uma troca de controle e, consequentemente, anularia os direitos tag along. Desta forma, os investidores que montaram posições para tentar se beneficiar de uma possível mudança de controle saíram do papel.

A queda de 9,64% acumulada desde a última segunda-feira (28) foi decisiva para que a ação da siderúrgica segurasse a lanterna do benchmark da bolsa brasileira neste mês. Na segunda pior posição do índice ficaram os papéis da B2W (BTOW3, -27,24%, R$ 10,15). Os ativos da LLX (LLXL3, -21,47%, R$ 3,00), Gafisa (GFSA3, -15,70%, R$ 5,37) e MMX (MMXM3, -14,38%, R$ 6,43)

Desempenho anual
O papel da empresa acumula perdas de 16,25% no acumulado de 2011, seguindo de perto o desempenho do Ibovespa, cuja desvalorização nos últimos 11 meses é de 17,94%. Apesar da queda, a ação ainda está distante das maiores baixas do índice, com a B2W (BTOW3, -67,36%), Hypermarcas (HYPE3, -63,62%, R$ 8,15) e Gafisa (GFSA3, -54,31%, R$ 5,37) puxando a ponta negativa.