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A Merama, unicórnio de comércio eletrônico da América Latina, cortou quase 10% de sua equipe nesta semana, afirmou nesta quinta-feira (29) seu presidente-executivo à Reuters, descrevendo a medida como parte de uma mudança de foco à medida que a empresa entra em uma nova fase de crescimento, em vez de “um exercício de economia de custos”.
A empresa, que já levantou US$ 345 milhões em investimentos de empresas como o SoftBank e foi avaliada pela última vez em US$ 1,2 bilhão, tem sedes no Brasil e México. A companhia agrega marcas online em rápido crescimento para gerenciar centralmente áreas como marketing e suprimentos.
O presidente-executivo, Sujay Tyle, disse que o número total de demissões foi de cerca de 8 a 9%, permanecendo um total de mais de 400 funcionários na empresa.
Ele acrescentou que os afetados estavam concentrados em projetos que não eram mais prioridade, com planos de reorientar marcas que geram mais de US$ 15 milhões em receita.
“Foi um dia difícil”, disse Tyle sobre os cortes de pessoal, acrescentando que não há planos para outra série de demissões.
Ele também disse que a empresa possui uma “reserva de caixa bastante saudável” e agora tem fluxo de caixa positivo.
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A medida ocorre após startups na América Latina registrarem em maio queda de 82% no financiamento em comparação com o mesmo período no ano anterior, segundo o grupo de dados Sling Hub, à medida que altas taxas de juros e temores de uma recessão abalam os mercados globais e as avaliações das empresas de tecnologia.
Inúmeras startups na região têm reduzido suas operações devido à escassez de financiamento, com empresas como a Provu, fintech brasileira voltada para o modelo “Compre Agora, Pague Depois”, e Addi, fintech unicórnio da Colômbia, anunciando demissões significativas nas últimas semanas.