Twitter, super app e lítio: os próximos negócios de Elon Musk

Tanto a compra da rede social quanto a corrida pelo metal envolvem questões financeiras e políticas

Wesley Santana

O bilionário Elon Musk
O bilionário Elon Musk

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Sempre com novos negócios no radar, o empresário Elon Musk não para. Hoje, o assunto que mais tem colocado o executivo nas notícias é a compra do Twitter, que se arrasta há quase um ano e só agora parece estar próxima de terminar.

Na semana passada, Musk revelou que, caso a aquisição seja concluída, pretende tornar a rede social um super aplicativo. A ideia seria fazer um serviço nos moldes do chinês WeChat, principal mensageiro do oriente, que ganha do WhatsApp em termos de download e de funcionalidades.

O foco do empresário com a rede social, porém, não termina no lado financeiro, mas beira a questão política também. “Não estou fazendo o Twitter por dinheiro. Não é como se eu estivesse tentando comprar um iate e não pudesse pagar. Eu não tenho nenhum barco. Mas acho importante que as pessoas tenham um meio inclusivo e de máxima confiança para trocar ideias, e que seja o mais confiável e transparente possível”, pontuou.

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É pelo Twitter, inclusive, que o executivo dá a sua opinião sobre os mais variados assuntos, embora receba muitos elogios e críticas. “O Twitter é certamente um convite para aumentar seu nível de dor”, disse ele, em entrevista ao jornal britânico Financial Times. “Acho que devo ser masoquista”.

Na corrida pelo lítio

Outro grande negócio de Elon Musk é a sua montadora de carros elétricos, a Tesla, que tem sido afetada pela escassez global de baterias. Isso acontece porque a pandemia agravou um problema na produção e refino do lítio, metal usado na produção de equipamentos elétricos e eletrônicos.

Diante deste cenário, a montadora já manifestou interesse em atuar no refino do elemento químico, que muitos chegam a considerar o ouro do século 21. Musk, por sua vez, já esteve envolvido em uma polêmica com a Bolívia, país que detém a maior concentração de lítio do mundo, em razão dos desertos de sal.

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O Financial Times relata que o empresário se mostra incomodado com a baixa velocidade dos investimentos para o refino do lítio.

O dono da Tesla ainda conta que o governo americano convidou as montadoras de veículos elétricos para uma reunião, mas deixou sua empresa de fora.

“Em seguida, para adicionar insulto à injúria, num grande evento ele [o presidente americano Joe Biden] disse que a GM estava liderando a revolução dos carros elétricos, no mesmo trimestre em que a GM vendeu 26 carros elétricos e nós, 300 mil. Isso parece justo para você?”, indagou.