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(Reuters) – O TikTok suspendeu a contratação de consultores que o ajudariam a implementar um possível acordo de segurança com os Estados Unidos, segundo duas pessoas a par do assunto, à medida que cresce a oposição a um acordo entre as autoridades norte-americanas.
O aplicativo de vídeos curtos de propriedade do grupo chinês ByteDance vem tentando assegurar aos EUA nos últimos anos que os dados pessoais de cidadãos norte-americanos não podem ser acessados e que seu conteúdo não pode ser manipulado pelo Partido Comunista da China ou outra entidade sob influência de Pequim.
O presidente dos EUA, Joe Biden, revogou em 2021 um decreto de seu antecessor Donald Trump que proibia o TikTok no país, mas as negociações entre seu governo e a empresa de mídia social continuam sobre um possível acordo que pouparia a ByteDance de ser forçada a vender o TikTok.
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Como parte das negociações, o TikTok montou um programa para garantir ao governo dos EUA que cumprirá seu acordo de segurança.
O programa envolve a contratação de um monitor terceirizado, um inspetor de código-fonte e três auditores, incluindo um dedicado à segurança cibernética e outro para garantir que os dados de usuários dos EUA nos servidores atuais do TikTok sejam excluídos após migração para a Oracle <ORCL.N >, segundo duas fontes. Essas posições seriam pagas pelo TikTok, mas se reportariam a funcionários do governo dos EUA.
O TikTok enviou pedidos de propostas para algumas dessas funções em dezembro, com o objetivo de apresentar possíveis candidatos para aprovação ao Comitê de Investimentos Estrangeiros nos EUA (CFIUS).
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No entanto, o TikTok informou depois aos consultores que disputam algumas dessas funções que o processo de contratação está suspenso e que os atualizará até o final de janeiro sobre se será reiniciado, disseram as fontes.
Como argumento, o TikTok citou “desenvolvimentos recentes”, sem dar mais detalhes, disse uma das fontes.
Não ficou claro a que desenvolvimentos o TikTok se referia, mas a decisão ocorreu após a admissão, em dezembro, de que alguns de seus funcionários acessaram indevidamente dados de usuários do TikTok de dois jornalistas em uma tentativa de identificar a fonte de vazamentos de informações para a mídia.
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Essa revelação incomodou autoridades dos EUA que apoiavam um acordo de segurança com o TikTok e deu força aos que pedem que Biden exija que a ByteDance venda o aplicativo.
Ainda não está claro quando o governo dos EUA tomará uma decisão sobre o futuro do TikTok.
Uma porta-voz do TikTok confirmou que a empresa interrompeu o processo de contratação de fornecedores de segurança terceirizados porque o CFIUS ainda não aprovou o contrato de segurança. O TikTok esperava que já tivesse chegado a um acordo com o governo dos EUA, acrescentou a porta-voz.
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O TikTok tomou várias medidas para a apaziguar as preocupações do governo, incluindo um acordo para a Oracle armazenar dados de usuários nos EUA e uma divisão de segurança no país para gerenciar a proteção de dados e a moderação de conteúdo, o que incluiu gastos de 1,5 bilhão de dólares.
Biden assinou uma lei no mês passado proibindo funcionários federais –cerca de 4 milhões– de usarem o TikTok em dispositivos do governo.
(Reportagem de Echo Wang em Nova York; Reportagem adicional de David Shepardson, Washington)