TikTok pode anunciar venda nesta terça-feira, mas negócio precisará de aprovação do governo chinês

China alterou sua lista de tecnologias sujeitas a restrições ou proibições de exportação, o que pode dificultar venda do app nos EUA

Equipe InfoMoney

(Getty Images)
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SÃO PAULO – O TikTok deve anunciar o acordo de venda das suas operações nos Estados Unidos nesta terça-feira (1), segundo informações da rede americana CNBC. 

O aplicativo chinês está no centro de uma disputa que se intensificou nas últimas semanas após o presidente americano, Donald Trump, ameaçar banir o aplicativo dos EUA e proibir a ByteDance, controladora do TikTok, de fazer negócios no país. Entenda mais sobre a guerra tecnológica protagonizada pelo TikTok, envolvendo China e EUA.

Apesar das negociações avançadas, o acordo pode ser prejudicado ou adiado pelo governo chinês que, na última sexta-feira (28), atualizou sua lista de produtos controlados para exportação para incluir a tecnologia de inteligência artificial usada pelo TikTok.

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“Tecnologias com interfaces baseadas em inteligência artificial, como reconhecimento de voz e texto, e aquelas que analisam dados para fazer recomendações de conteúdo personalizadas, foram adicionadas a uma lista revisada de produtos controlados para exportação”, anunciou o governo chinês.

É a primeira vez desde 2008 que a China modifica sua lista de tecnologias sujeitas a restrições ou proibições de exportação.

Com isso, a ByteDance precisaria de uma licença do governo chinês antes de vender suas operações para uma empresa americana.

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Até o momento, a Oracle e a Microsoft, em parceria com a varejista Walmart, são as empresas que estão mais próximas de adquirir o TikTok, numa operação que pode custar entre US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões. 

Na última semana, o TikTok entrou com uma ação na Justiça americana para derrubar uma ordem executiva que impede empresas ou qualquer cidadão americano de fazer negócios com a companhia.

Segundo o presidente americano, a empresa representa um risco à segurança dos Estados Unidos. Donald Trump alega que a coleta de dados do app pode permitir que a China crie dossiês com informações privilegiadas para chantagem e espionagem corporativa. 

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Na semana passada, Kevin Mayer pediu demissão do cargo de CEO do TikTok, em meio às pressões do governo americano sobre a empresa. Mayer ingressou na companhia em junho, após deixar a presidência da Disney+.

“Eu entendo que a função para a qual me inscrevi, incluindo a de administrar o TikTok globalmente, parecerá muito diferente por conta da ação do governo dos Estados Unidos de pressionar pela venda dos negócios”, disse.