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A receita líquida fixa da Vivo (VIVT3) cresceu 3,5% no primeiro trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 3,9 bilhões. Foi o maior crescimento desde o terceiro trimestre de 2015, segundo a companhia, resultado da decisão estratégica de focar na expansão dos negócios em fibra e serviços digitais B2B — Business to Business, oferta de soluções para empresas.
Ao InfoMoney, Christian Gebara, CEO da operadora, disse que o B2B tem oportunidades de crescimento, especialmente em setores como o agronegócio e a indústria, e que a chegada do 5G abre um caminho promissor para o avanço da internet das coisas. Por isso, a empresa tem investido em parcerias e aquisições para ampliar a oferta de serviços de conectividade de equipamentos.
“No B2B tem várias oportunidades de crescimento. Nós estamos pondo foco em alguns setores, o que não quer dizer que a gente não vai ter soluções para todos. Nós estamos investindo nesse ecossistema. Temos uma empresa que funciona globalmente, a Telefónica Tech IoT, que nós montamos aqui no Brasil também, a Telefônica Tech Brasil IoT, focada em parcerias e no desenvolvimento de soluções no mundo de internet das coisas”, disse.
“Temos feito uma aposta grande no agronegócio, através de parcerias, através de investimento em empresas que tenham soluções para o agro, maquinário inteligente para as plantações, uso de drones para a pulverização, uso no futuro de veículos e máquinas autônomas, já estamos trabalhando com parceiros para que isso seja disponível, medições de temperatura, umidade, qualidade do solo, sem espaçamento, que isso é uma economia e aumenta a produtividade. Também temos feito muita coisa na indústria, que quer redes privativas”, completou Gebara.
Ele participou do Por Dentro dos Resultados, projeto no qual o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Os executivos falam sobre o balanço do primeiro trimestre de 2023 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
O CEO falou ainda sobre o cronograma da infraestrutura do 5G no país. Segundo ele, a Vivo está à frente dos prazos estabelecidos no edital do leilão da nova tecnologia e avança para levá-la a mais regiões do país. “A gente vai com certeza cumprir 100% do edital e já estamos à frente dele. Todas as cidades com mais de 500 mil habitantes ou mais estão com cobertura 5G. Estamos expandindo a cobertura, e muito, e de maneira racional, de acordo com a disponibilidade de aquisição de aparelhos 5G”, afirmou.
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“Em cidades com mais de 200 mil habitantes, que estariam nas obrigações do edital daqui uns anos, nós já temos cobertura 5G em 41% delas. Se você mora numa cidade com mais de 200 mil habitantes, a probabilidade de você ter a cobertura 5G cresce a cada mês”, completou o executivo.
Gebara falou ainda sobre a fibra e sobre a necessidade de consolidação entre as pequenas operadoras de fibra fixa no interior do país. Segundo ele, até o momento, nenhuma empresa desse tipo preencheu os requisitos que a Vivo exige para que o negócio seja considerado para uma aquisição — mas não descartou a possibilidade no futuro, caso surja uma companhia com o perfil.
O CEO comentou também sobre as políticas ESG (meio ambiente, social e governança, na sigla em inglês) da Vivo, sobre a política de remuneração ao acionista — inclusive com o pedido de redução de capital para a Anatel, agência reguladora do setor de telecomunicações no Brasil, no valor de R$ 5 bilhões, para permitir uma melhor distribuição da geração da caixa da empresa —, sobre a estratégia de vendas e sobre o cenário macroeconômico desafiador e a inadimplência. Veja a entrevista completa no player acima, ou clique aqui.