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A maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo, Suzano (SUZB3), anunciou nesta quinta-feira estimativa de investimento de R$ 18,5 bilhões para o próximo ano, acima dos R$ 16,1 bilhões previstos para 2022.
“A elevação em relação a 2022 decorre, em grande parte, do maior investimento no Projeto Cerrado, considerando investimentos industriais, florestais, infraestrutura e logística”, afirmou a Suzano em fato relevante.
Desses R$ 18,5 bilhões, quase metade (R$ 8,9 bilhões) serão investidos no Projeto Cerrado, a nova fábrica de celulose que a empresa está construindo no Mato Grosso do Sul com capacidade para 2,55 milhões de toneladas por ano, um incremento de 20% na produção da empresa.
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Outros R$ 2,4 bilhões serão usados em terras e florestas, o que inclui a segunda parcela da compra da Parkia, concluída em junho. A Suzano afirmou ainda que esse capital também “contempla investimentos que visam maior competitividade e/ou opcionalidade de crescimento da companhia no longo prazo”.
Além disso, a empresa orçou R$ 6,4 bilhões para manutenção em 2023, um incremento de quase R$ 1 bilhão ante os R$ 5,5 bilhões previstos para este ano.
“O maior dispêndio em relação ao ano anterior refere-se principalmente ao efeito da inflação, principalmente sobre investimentos florestais, e maior intensidade de projetos e serviços nas plantas industriais, em função da maior quantidade de paradas gerais programadas para manutenção”, afirmou a Suzano.
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Outros invetimentos
Em novembro, durante a COP27, a Suzano informou aos seus acionistas e ao mercado em conjunto com as empresas Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander e Vale, a criação de uma empresa totalmente dedicada às atividades de restauração, conservação e preservação de florestas no Brasil.
O objetivo da iniciativa é, ao longo de 20 anos, atingir uma área total restaurada e protegida de 4 milhões de hectares de matas nativas em diferentes biomas brasileiros, como Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado – área equivalente ao território da Suíça ou do estado do Rio de Janeiro.
A Suzano informou que a Biomas não pretende adquirir áreas, mas sim fazer parcerias com proprietários de terras por meio do compartilhamento de parte da receita a ser gerada com a venda dos créditos de carbono.
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Para financiar os primeiros anos de atividade da empresa, cada empresa assinou um cheque de R$ 20 milhões, com o objetivo de promover um modelo de negócio sustentável também do ponto de vista financeiro, viabilizando cada projeto de restauração, conservação e preservação a partir da comercialização de créditos de carbono. “Reunimos a força dessas empresas em uma iniciativa inédita no mundo para promovermos um movimento de impacto positivo, com condições efetivas de gerar e compartilhar valor com comunidades locais e o meio ambiente a partir da promoção de ações de restauração, conservação e preservação. Não há mais tempo para promessas, é hora da ação”, disse Walter Schalka, presidente da Suzano, na ocasião do lançamento.
(com informações da Reuters)