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O empreendedor Renan Andrade tinha apenas 17 anos quando decidiu montar uma loja online para vender roupas, em 2009. Ao longo dos anos, ele e a esposa, Nathália Gimenez, acompanharam o desenvolvimento das plataformas de e-commerce que vendem produtos de terceiros – os chamados marketplaces. Aprenderam o caminho não apenas para vender, mas para se destacar em sites como Mercado Livre, Shopee, Dafiti, Netshoes, Magalu, Amazon e Via Varejo.
Em 2020, depois de se desfazer do próprio e-commerce, a dupla decidiu transformar essa experiência em um novo negócio. Criaram então a Helpvend, startup especializada em ajudar empresas do segmento de moda, sobretudo indústrias, a comercializar seus produtos em marketplaces.
A combinação de espírito empreendedor, conhecimento de um serviço novo e ainda pouco explorado e aumento repentino da demanda online a partir da pandemia fez o negócio decolar com grande velocidade.
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Em dois anos e meio, a Helpvend já conquistou mais de cem clientes. Nos últimos doze meses, viabilizou o comércio de mais de 2 milhões de itens, gerando GMV (Gross Merchandise Value) no valor de R$ 44 milhões. Agora, a startup se prepara para dobrar seus resultados no segundo semestre, impulsionada pelas vendas da Black Friday e do período do Natal.
O serviço prestado pela Helpvend consiste em assumir todas as tarefas relacionadas à venda em marketplaces, com exceção da logística de entrega, que fica a cargo dos vendedores ou das plataformas, em casos de fulfillment (Serviço de Logística do Marketplace). Para começar, a startup assessora o cliente a montar o catálogo ideal de produtos para cada marketplace. “Em muitos casos, nós sugerimos até o que ele deve produzir para vender mais”, conta ao MoneyLab Renan, que atua como CEO da empresa, enquanto Nathália trabalha como diretora de operações.
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Os serviços incluem integração de sistemas, cadastro de produtos, atendimento ao consumidor final e implantação de estratégias para aumentar as vendas. Um dos pontos fortes da startup, segundo o CEO, é o bom relacionamento estabelecido com os principais marketplaces que atuam no País. “Temos parcerias com o departamento comercial de cada marketplace“, afirma Renan. “Quando um cliente nosso tem potencial para se destacar, conseguimos incluí-los em listas de banner, ofertas do dia e outros tipos de promoção realizadas pelas plataformas.”
Para os clientes, o resultado aparece logo. Ele cita o exemplo de uma indústria que já havia tentado vender online antes, mas sem sucesso, que contratou a Helpvend em agosto do ano passado. “Em novembro, faturamos R$ 300 mil com eles. Agora em maio, chegamos a R$ 450 mil”, conta Renan.
A startup utiliza ferramentas tecnológicas que unificam as operações em um único sistema e desenvolveu uma plataforma que permite aos clientes acompanhar as vendas de seus produtos em tempo real. “Eles visualizam volume, valor total, ticket médio, velocidade dos pedidos, frete, gráfico de vendas nos últimos doze meses e outros indicadores de uma forma muito simples”, afirma o CEO.
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A Helpvend não cobra taxa de implantação do serviço. Sua remuneração corresponde a uma comissão de 10% sobre as vendas geradas, que vai sendo reduzida conforme o faturamento do cliente aumenta.
Com sede em Americana, no interior paulista, a startup emprega doze pessoas. Nos últimos meses, além de indústrias interessadas em vender seus produtos em marketplaces, a Helpvend tem chamado a atenção também de investidores dispostos a injetar capital em troca de uma parcela do negócio.
“Vamos acelerar o crescimento com o lucro da própria empresa, mas estamos abertos a conversar com fundos de venture capital ou empresas do mercado que queiram fortalecer a sua categoria de moda”, afirma o CEO.