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A startup de saúde Liti anunciou, nesta quarta-feira (9), um aporte de R$ 21 milhões em uma rodada de investimento seed. Os recursos serão destinados a ampliar a operação da plataforma que auxilia os usuários no tratamento de sobrepeso e obesidade.
A rodada de investimentos foi feita por um pool de fundos, que reúne Monashees, Canary, Grão, Norte, Eclipseon, Newtopia e The Fund. Além disso, participaram também investidores-anjos por trás de empresas como Rappi, Inventa, Loopi Pay Yuno Payments, Cayena, Salú, Coteminas e JHSF.
O foco principal da healthtech é oferecer atendimento digitalizado a pessoas que estão com problemas de peso. Com uma equipe médica e técnica por trás, os usuários recebem um tratamento personalizado, de acordo com as necessidades individuais.
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Considerada recém-nascida, pois tem apenas 9 meses de fundação, a empresa tem registrado um crescimento mensal de 20% e espera replicar esse mesmo índice nos números anuais. Atualmente, 41 profissionais -entre médicos, nutricionistas e de tecnologia- prestam serviço para a Liti.
A startup trabalha no modelo de assinaturas, em que o consumidor paga R$ 700 nos primeiros cinco meses e R$ 150 no período subsequente. Em razão do alto custo, os fundadores reconhece que ainda atinge um público muito segmentado, especialmente os de alta renda.
“O nosso objetivo é atingir mais de 100 milhões de pessoas, mas tudo tem um começo. Nesse momento, priorizamos atingir um segmento social que tem renda mais alta porque não temos tecnologia necessária” destaca Fernando Vilela, cofundador da healthtech.
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“Estamos levantando capital para investir em tecnologia e em produtos para que tenhamos estrutura e modelo de negócio mais favoráveis para chegar a uma precificação menor e atingir mais pessoas”, pontua.
História pessoal pavimentou fundação da Liti
Falar sobre a fundação da Liti remonta a história pessoal de Vilela, que foi diagnosticado com obesidade. Depois de passar por consultas com o atual sócio, o médico nutrólogo Eduardo Rauen, ele resolveu investir em um produto que tratasse a doença de forma mais individualizada.
“Nossa relação saiu de médico-paciente para uma de amigos, e passei a conhecer mais a vida dele”, lembra. “Começamos a discutir, então, as oportunidade e desafios, e entender que a sociedade e os tratamentos de perda de peso tem alguns desafios”.
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Ele destaca que muita gente acredita em um modelo único e universal, sendo que, na verdade, é preciso individualizar os casos. “Você pode ter um irmão gêmeo que, mesmo assim, talvez ele vai responder de forma diferente a um tratamento”.
Além disso, também existe a burocracia de se encontrar profissionais, seja pela disponibilidade de agendas ou pelo acompanhamento diário. “Mudar um estilo de vida é mais que fazer uma consulta ou tirar dúvidas sobre alimentos”, pontua.
A partir disso, os executivos estruturaram a ideia de um aplicativo que fizesse toda a jornada de tratamento virtualmente. Nesses nove meses de operação, a Liti calcula ter ajudado os clientes na remoção de mais de duas toneladas de peso.
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“É uma métrica muito relevante, pois estamos ajudando a pessoa a perder gordura. Não é sobre estética, e sim sobre saúde, porque não é uma perda de peso de maneira genérica”, conclui Fernando.