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Nesta quinta-feira (8), pela segunda vez no ano, a healhtech Alice demite parte de seus funcionários. Ao todo, foram 113 pessoas impactadas, número equivalente a 16% da força de trabalho. A startup foi a terceira a anunciar cortes somente esta semana, junto com a Loft, que passou pela sua terceira redução de quadro e a Buser, que precisou enxugar 30% do quadro alegando perseguição de reguladores.
Na Alice, a dispensa aconteceu na busca por gerar eficiência para se adequar ao cenário macroeconômico mundial, informa a startup, que classificou a decisão como um redimensionamento da equipe. A empresa ainda pontua que, em razão das projeções econômicas para o ano que vem, deixou o foco no crescimento em segundo plano e quer direcionar os negócios para evolução do produto que oferece.
“Apesar de dolorosa, estamos convictos que essa decisão tornará a Alice ainda mais forte. Temos visão de longo prazo e seguiremos cada vez mais sustentáveis”, explica André Florence, CEO da startup. “Somos muito gratos por toda dedicação desses talentosos profissionais que contribuíram para a construção da Alice e seguimos comprometidos em deixar o mundo mais saudável – missão que temos entregado com excelência até aqui”.
A Alice atua como uma gestora de saúde que centraliza as necessidades dos associados em um aplicativo. Por meio de parcerias com hospitais e laboratórios, a empresa diz oferecer planos de saúde mais baratos que as operadoras tradicionais.
Em dezembro do ano passado, a companhia levantou uma rodada de investimentos série C liderada pelo Softbank, quando recebeu um aporte de US$ 127 milhões. Um semestre depois, já em 2022, a empresa demitiu 63 pessoas e realocou outros 20 profissionais dizendo que tinha mais funcionários do que precisava.
Questionada sobre o apoio que dará aos profissionais dispensados nesta segunda rodada, a startup não respondeu até a publicação desta reportagem.
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Plano de saúde no estilo startup: a estratégia da Alice
Em julho do ano passado, André Florence, cofundador da Alice, deu entrevista ao Do Zero Ao Topo, podcast de empreendedorismo do InfoMoney, e contou a estratégia da companhia para entrar em um setor dominado por gigantes. O empreendedor falou sobre a proposta da startup e a prova de fogo do modelo de negócio durante a pandemia.
A primeira venda da Alice foi realizada em julho de 2020, com o objetivo de ser uma solução de ponta a ponta para a saúde de pessoas físicas. “Não bastava oferecer alguma parte específica para termos uma mudança substancial no setor. Por isso somos tanto gestora quanto operadora de saúde. Tanto recebemos a mensalidade dos nossos membros quanto somos responsáveis por cuidar da saúde deles”, disse Florence.