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NOVA YORK (Reuters) – A ArcelorMittal liderou a mais recente rodada de investimento na Boston Metal, startup que desenvolveu uma tecnologia que promete eliminar a emissão de dióxido de carbono (CO2) da produção de aço e que pretende chegar ao mercado até 2026. A rodada envolveu investimento de 120 milhões de dólares.
Grande parte da produção de aço do mundo hoje é feita em alto fornos a carvão e o setor tem sido pressionado a reduzir emissões de carbono. As siderúrgicas produzem 7% a 9% das as emissões de gases estufa, segundo a Associação Mundial do Aço.
A Boston Metal produz componentes para processos que usam eletricidade para dividir o minério de ferro. Isso cria ferro líquido e nenhum subproduto ou emissão de gás além de oxigênio. Desde que a fonte de energia seja de fonte renovável, isso significa que o processo desenvolvido pela companhia elimina completamente o CO2 da produção de aço, disse o presidente-executivo da Boston Metal, o brasileiro Tadeu Carneiro, que já presidiu a mineradora brasileira CBMM.
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O fundo Climate Innovation Fund, da Microsoft, também aderiu ao grupo de investidores, que inclui a montadora alemã BMW. Os recursos serão destinados à construção de uma usina piloto em Boston e à construção de uma instalação no Brasil, onde a própria ArcelorMittal tem grandes usinas, incluindo uma em Tubarão (ES).
Um grande obstáculo para o chamado “aço verde” é o custo da produção, mas o processo eletrolítico pode competir com métodos tradicionais, desde que a energia custe entre 30 a 40 dólares por megawatt-hora, disse Carneiro.
O investimento da ArcelorMittal marca uma mudança no interesse das siderúrgicas em investir na tecnologia desde que a Boston Metal começou a buscar recursos em 2018, disse Carneiro.
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Empresas de capital de risco injetaram recursos na startup, mas as siderúrgicas não apostaram na tecnologia na ocasião.
“Cinco ou seis anos atrás parecia ser muito cedo para elas…Mas o ambiente mudou completamente. Agora todas as empresas de aço estão muito interessadas em acompanhar o que estamos fazendo porque precisam de uma solução.”