SoftBank tem prejuízo de US$ 6,6 bilhões com WeWork

Investimentos foram feitos fora do Vision Fund de US$ 100 bilhões

Pablo Santana

(Shutterstock)
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SÃO PAULO – O SoftBank confirmou um prejuízo de 700 bilhões de ienes (US$ 6,6 bilhões) no ano fiscal encerrado em março de parte de seu investimento no WeWork, realizada fora do Vision Fund. 

O valor é inferior a perda líquida esperada pelo grupo de 900 bilhões de ienes, oriunda dos aportes feitos através do fundo de US$ 100 bilhões.

O SoftBank está envolvido em uma disputa legal com membros do comitê especial do conselho da WeWork depois de desistir de uma oferta de US$ 3 bilhões acordada quando resgatou a empresa de compartilhamento de escritórios, após uma tentativa fracassada de abertura de capital no ano passado.

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O conglomerado de tecnologia investiu mais de US$ 13,5 bilhões no WeWork, uma das várias apostas sem sucesso do CEO Masayoshi Son, que impactou diretamente os ganhos do SoftBank durante o ano inteiro. O executivo prevê que 15 das empresas apoiadas pelo conglomerado irão à falência.

O grupo manteve sua previsão recorde de perda operacional anual de 1,35 trilhão de ienes anunciada no início deste mês.

O futuro da WeWork fica ainda mais incerto com quase todos os seus clientes obrigados a ficar em home office. A situação é ainda mais desfavorável para ambas as empresas porque o momento atual, em tese, era o que a SoftBank esperava que os aportes feitos na WeWork gerassem resultados positivos e uma expansão rápida.

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Vision Fund tem uma reputação de fazer grandes investimentos em empresas com alto crescimento e altos gastos, como WeWork, Uber e Doordash, mas todas estão perderam valor de mercado no mês passado, pois o coronavírus faz com que a lucratividade pareça cada vez mais fora de alcance para muitas startups.

Para lidar com a situação, o grupo anunciou a recompra de 2,5 trilhões de ienes para apoiar o preço de suas ações. Son usa suas ações da SoftBank como garantia para empréstimos.

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Pablo Santana

Repórter do InfoMoney. Cobre tecnologia, finanças pessoais, carreiras e negócios