Softbank deve assumir controle da WeWork para tirar startup da crise, diz WSJ

O grupo japonês é o maior investidor da WeWork e deve injetar entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões

Allan Gavioli

(Shutterstock)
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SÃO PAULO – O conglomerado japonês SoftBank deve assumir o controle da WeWork, startup de compartilhamento de escritórios, a partir desta terça-feira (22). As informações são do The Wall Street Journal (WSJ). O anúncio oficial deve ser feito ainda nesta terça-feira (22).

A instituição financeira liderada pelo bilionário japonês Masayoshi Son é a maior investidora da startup e deve injetar entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões para ficar com cerca de 70% das ações da WeWork.

Neste acordo, a empresa foi avaliada em cerca de US$ 8 bilhões – valor muito inferior à avaliação de US$ 47 bilhões feita pelo próprio conglomerado de janeiro deste ano.

Como apurou o WSJ, o conselho de administração da startup tinha duas opções para evitar a falência: um aporte do SoftBank e outro do JPMorgan. Segundo o jornal, o acordo do grupo japonês teria sido considerado a melhor solução.

Ainda, o SoftBank ofereceu ao co-fundador e ex-CEO da WeWork, Adam Neumann, uma quantia considerável em dinheiro para que ele encerre seus vínculos no conselho com a empresa.

O ex-CEO deixará a presidência do conselho e receberá US$ 185 milhões e uma linha de crédito de US$ 500 milhões.

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Na prática, Neumann manterá uma participação na empresa e poderá estar presente nas reuniões do conselho, mas não terá direito a voto.

O acordo ainda não foi divulgado oficialmente e o jornal teve acesso a fontes do SoftBank, que preferiram não se identificar. Nenhuma das partes envolvidas respondeu ao pedido de comentário do jornal.

Crise

A WeWork planejava levantar bilhões neste fim de ano, mas sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) foi arquivada depois que os investidores mostraram-se desconfiados sobre seu modelo de negócios e liderança.

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A empresa de compartilhamento de escritórios teve que suspender novos contratos de locação como alternativa para reduzir seus custos e vender seu avião particular para resolver a situação financeira que se encontra.

Além disso, a companhia sofre sérios riscos de ficar sem caixa no próximo mês. E para que isso não aconteça, a WeWork estuda oferta de títulos de dívida (bonds), uma operação que está sendo estruturada pelo JPMorgan.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.