Publicidade
SÃO PAULO – As ações da Tecnosolo (TCNO4) disparam nesta sexta-feira (22) após a companhia, em recuperação judicial desde 2012, ter anunciado que foi dado um ganho de causa no montante de R$ 85,8 milhões junto ao juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, em relação à discussão do valor do débito entre a companhia e a Sucop (Superintendência de Conservação e Obras Públicas).
Com a notícia, os papéis da companhia subiam 12,61%, a R$ 2,50, nesta sessão, segundo cotação das 10h30 (horário de Brasília), depois de terem atingido alta de 17,12%, a R$ 2,60, na máxima do dia. O volume financeiro movimentado com a ação era de R$ 413,5 mil, contra média diária de R$ 169,1 mil nos últimos 21 pregões.
Segundo o analista Marco Saravalle, da XP Investimentos, essa informação é um dos principais fatores que podem fazer o papel da companhia disparar na Bolsa. Com o valor de mercado de R$ 14,7 milhões e dívida de R$ 48,9 milhões, se entrar R$ 85 milhões no caixa, sobrariam R$ 36,1 milhões – ou seja, cerca de 2,5 vezes o seu valor de mercado, comenta.
Continua depois da publicidade
Apesar da expectativa de forte valorização do papel, que, na percepção do analista pode mais do que dobrar de valor no médio prazo, ele lembra que esse é um case de investimentos para quem tem “estômago”, dado que trata-se de uma empresa em recuperação judicial e com baixa liquidez na Bolsa. Vale menção o primeiro alerta do analista para o forte potencial de valorização do papel foi dado no começo de setembro, em seu programa semanal na InfoMoneyTV, o “30 minutos para se aposentar com ações” (veja aqui).
Ainda no comunicado da empresa de hoje, a Tecnoloso diz que, com a liberação do recurso, a companhia poderá dar cumprimento ao plano de recuperação judicial originalmente aprovado, quitando na quase totalidade os créditos detidos pelos credores da classe 3.
Ela diz ainda que, em 15 de dezembro, foram adotadas as providências no sentido de encaminhar ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) os autos do processo do Velódromo Olímpico, por conta da discussão a respeito da competência do Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca Central do Rio de Janeiro para bloquear aproximadamente R$ 23 milhões das contas da Prefeitura do Rio de Janeiro/RioUrbe em função da Prefeitura não haver cumprido o acordo proposto por ela própria e celebrado com a companhia e o Juízo universal da recuperação.