Sigma Lithium: a mineradora com fábrica no Brasil que atraiu Elon Musk e a Tesla (TSLA34)

Empresa teve crescimento de 250% na capitalização de mercado e um aumento de 193% no preço de suas ações

Mariana Amaro

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A Tesla (TSLA34), do bilionário Elon Musk, estaria considerando fazer uma oferta pela Sigma Lithium, uma companhia listada na Bolsa de Toronto, no Canadá, e na Nasdaq, com fábrica em construção no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.  A informação é da Bloomberg, que cita fontes familiarizadas com o assunto.

Em um momento de demanda crescente por lítio — o produto da Sigma e o ‘ingrediente’ necessário para produção de baterias de veículos elétricos — , a companhia de Musk estaria conversando com potenciais advisors e identificando empresas de mineração que poderiam ser compradas para abastecer a produção da Tesla.

O maior investidor da Sigma Lithium é a A10 Investimentos, um fundo de private equity brasileiro criado pelos sócios Marcelo Paiva e Ana Cabral-Gardner, que também ocupa a posição de CEO da Sigma.

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De acordo com a reportagem, as deliberações ainda estão em um estágio inicial e podem ser freadas pela alta nas ações da mineradora que subiram de acordo com o preço do lítio e depois que uma pesquisa revelou reservas minerais 63% maiores do que as estimativas iniciais. Com isso, a companhia foi destaque no ranking Venture 50 de 2023, que lista as empresas com melhor desempenho no Canadá e no mundo. A Sigma Lithium ocupou a primeira colocação no ranking com um crescimento de 250% na capitalização de mercado e um aumento de 193% no preço de suas ações.

Fundada em 2011, a companhia deve iniciar seu primeiro embarque de carga ao longo do primeiro trimestre de 2023. O projeto, que será executado em duas fases, prevê capacidade produtiva total de 531 mil toneladas ao ano de concentrado de lítio, e aumentou, em quase três vezes, a avaliação de seus ativos, para US$ 3 bilhões em valor presente líquido.

Em entrevista recente ao podcast Do Zero ao Topo, do InfoMoney, Cabral-Gardner contou a história da criação da A10 e da Sigma Lithium e relembrou quando embarcou para a Ásia em 2016 para checar se “essa coisa de carro elétrico não era voo de galinha”. “Eu ia passar uma semana na Austrália para estudar e mercado e acabei passando dois meses”, conta Cabral-Gardner. Foi durante essas viagens que a executiva entendeu que a tese da transição energética era muito maior na China.

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A receita da companhia para colocar o Brasil no centro da bilionária cadeia produtiva de veículos elétricos  foi tema do episódio #142 do podcast.

Mariana Amaro

Editora de Negócios do InfoMoney e apresentadora do podcast Do Zero ao Topo. Cobre negócios e inovação.