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Em um cenário de restrição para diversos setores da economia, a Sequóia Properties projeta alcançar R$ 2 bilhões de imóveis sob gestão na vertical de wealth management, o dobro do observado em 2022. Até o momento, a empresa está com cerca de R$ 500 milhões em seu pipeline, entre conversas e estudos para atrair novos clientes.
Apesar de uma projeção robusta, o CEO da Sequóia, Joaquim Rocha Azevedo, aponta que o mercado de gestão imobiliária é uma avenida com poucos concorrentes no setor e, quem saiu na frente, tem conseguido a preferência de famílias com extenso portfólio de imóveis.
“Nós temos clientes com mais de R$ 50 milhões de imóveis, é um patrimônio que precisa ser gerido com a mesma inteligência de mercado do que é feito pelas gestoras de recursos”, lembra Azevedo ao InfoMoney. A Sequóia possui ofertas para clientes com poucos imóveis até corporativos.
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O racional da tese é o mesmo que inspira grandes corretoras e bancos na gestão de fortunas, só que com um potencial maior. Estimativas feitas pela Sequóia indicam que o mercado de ativos imobiliários gira em torno dos R$ 18,1 trilhões, enquanto outros ativos financeiros somam R$ 6,7 trilhões.
“Em uma pesquisa rápida, é possível ver que existem mais gestoras especializadas em lidar com o dinheiro do que com imóveis”, reforça André De Vivo, chefe do comitê de investimentos da Sequóia.
Na gestão de wealth, explica Azevedo, o trabalho vai além da assessoria jurídica ou recebimento de aluguéis. A ideia é verificar se os imóveis realmente estão gerando valor às famílias ou empresas. A demanda vem de famílias que não têm certeza se a própria gestão dos imóveis está sendo bem feita ou se as ofertas recebidas pelos imóveis realmente estão a um valuation justo.
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“Existem casos em que é melhor obter a liquidez da venda de um imóvel que tem pouco potencial de receita do que mantê-lo na carteira. Nosso trabalho é entender onde há melhor retorno de renda e também dar liquidez para esses ativos”, acrescenta o CEO.
Atualmente, dos 800 imóveis sob gestão na vertical wealth, a maior parte está em São Paulo, mas há também Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Sergipe e Pernambuco.
Ciclo imobiliário a favor dos fundos
A Sequóia também é incorporadora e possui três fundos de investimento com aproximadamente R$ 1,2 bilhão em ativos sob gestão, com quase 400 imóveis espalhados pelo país. Um dos fundos é listado, o SEQR11.
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Neste segmento, o potencial de expansão é bem avaliado também. Em um momento de custo de capital mais alto, construtoras e incorporadoras buscam investidores para manter seus projetos.
Bruno Gargiolli, sócio do banco de investimento da XP na área de real state, lembra que os fundos estão com maior poder de barganha neste momento e têm aproveitado as oportunidades.
“Os gestores estão sem concorrentes neste momento, especialmente quando se fala de funding. Os fundos estão com liquidez e conseguem obter spreads mais remuneradores. É a lógica de que financiamento caro é aquele que não existe”, afirma.
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No caso da Sequóia, André De Vivo lembra que a empresa não oferta crédito a empreendimentos, mas que nem isso a impediu de aproveitar o ciclo favorável. Neste ano a empresa já adquiriu R$ 220 milhões em pipeline de projetos de outras incorporadoras para tocar.
“Sempre haverá apetite para investir em imóveis, é uma das principais demandas das pessoas. Mas não adianta ser imediatista, estamos lendo o ciclo imobiliário para enxergarmos as oportunidades. Nosso perfil é comprar para fazer, não dar crédito aos outros”, completa Vivo.
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