Retorno ao escritório: entre erros e acertos, funcionários relatam retomada do trabalho presencial

Voltar para o escritório após meses de trabalho remoto forçado é uma situação inédita para a realidade de qualquer empresa - e também qualquer empregado

Allan Gavioli

(nito100/Getty Images)
(nito100/Getty Images)

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SÃO PAULO – Com a reabertura gradual das atividades em várias cidades do país, algumas empresas começam a pôr em prática os planos de retorno aos escritórios. Mas a volta ao trabalho presencial está acontecendo em meio a erros, acertos e restrições.

Segundo o IBGE, o brasileiro já está retornando em peso ao escritório: cerca de 800 mil pessoas voltaram a trabalhar de forma presencial só na terceira semana de agosto. Nos últimos dois meses, 11,2 milhões de trabalhadores deixaram o home office para trás.

Mas, agora, a aglomeração de pessoas e os elevadores lotados, que já faziam parte da rotina de alguns principais prédios comerciais do país, deixam de ser apenas um incômodo e passam a ser questão de saúde.

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Áreas que já eram disputadas, com as medidas de distanciamento e limitação do número de ocupantes, agora têm filas. Problemas causados não só pela falta de orientação das empresas, mas também pelo descumprimento de regras por parte dos funcionários.

Funcionários ouvidos pelo InfoMoney relataram que o retorno à sede do banco Santander, em São Paulo, por exemplo, foi um pouco conturbado.

“Os elevadores, que sempre foram cheios, não tiveram seus sistemas adaptados para a lotação máxima de cinco pessoas, que foi a regra por um período. Se dez pessoas chamavam para um mesmo andar, o sistema direcionava todas ao mesmo elevador, assim como acontecia antes da pandemia. Nos horários de pico, isso acabou gerando uma aglomeração”, disse um funcionário do banco que não quis se identificar.

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Aglomeração no Santander

Filas e aglomerações no saguão do prédio sede do Banco Santander, São Paulo

Na última semana, funcionários disseram que as filas no hall e nos elevadores, que chegavam a durar até 15 minutos, diminuíram, mas às custas de uma aglomeração maior dentro dos elevadores.

“A capacidade aumentou de cinco para nove pessoas nos elevadores”, relatou outro funcionário. Ele disse que o banco está cumprindo outras medidas de proteção, como a obrigatoriedade do uso de máscaras, a disponibilização de álcool em gel e a esterilização constante do ambiente de trabalho. Além disso, funcionários da limpeza esterilizam as mesas logo que um grupo sai para o almoço.

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Os funcionários se queixam do fato de terem de voltar ao trabalho, enquanto outros bancos e empresas têm adotado o home office. Vale dizer, porém, que o banco está no seu direito ao pedir o retorno dos seus funcionários ao trabalho presencial.

Pela lei, o serviço bancário foi considerado essencial, sendo autorizado a funcionar durante a pandemia de coronavírus. Empregadores desse setor podem convocar seus funcionários a trabalhar presencialmente.

Procurado pelo InfoMoney, o Santander não deu entrevista.

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O Itaú informou que 97% dos colaboradores da administração central, centrais de atendimento e agências digitais estão trabalhando de forma remota, com 55 mil pessoas habilitadas para home office. Na primeira quinzena de agosto, o banco anunciou que adiará o retorno aos escritórios para janeiro de 2021.

Já o Banco Bradesco anunciou, nesta sexta-feira (18), que fechou um acordo com seus funcionários para regulamentar o home office, definindo regras que valerão inclusive no pós-pandemia. Apoiado pelo sindicato dos bancários, o regulamento prevê que as pessoas possam ser alocadas para trabalhar de casa por quantos dias cada trabalhador e o Bradesco concordarem.

Atualmente, o banco possui cerca de 94% dos seus funcionários administrativos e metade daqueles alocados em agências estão trabalhando de casa.

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O banco prometeu arcar com algumas despesas dos funcionários que quiserem aderir ao regime de trabalho remoto. Haverá uma ajuda de custo anual de R$ 1.080 para cobrir as contas de consumo dos funcionários, como energia e internet, para aqueles que trabalharam mais de 50% da jornada remotamente.

Retorno faseado e com revezamento

Na Nestlé Brasil, os funcionários voltaram ao trabalho presencial no dia 27 de agosto. Há um sistema de revezamento de equipes, no qual cada empregado deve comparecer duas vezes por semana ao local de trabalho.

As exceções são pessoas do grupo de risco, estagiários ou jovens aprendizes, que não retornarão ao trabalho presencial tão cedo. Porém, segundo uma funcionária que não quis se identificar, casos específicos podem ser conversados com os gestores.

“Além de o retorno ter sido gradual, está acontecendo sem pressão alguma. Podemos escolher os dias de trabalho na empresa, contanto que sejam dois dias na semana. Todas as áreas já estão funcionando, em algum grau, no presencial. Pessoas que não têm com quem deixar os filhos pequenos, também não estão voltando”, disse ela.

Procurada pelo InfoMoney, a Nestlé não respondeu as solicitações de comentário até o fechamento da reportagem.

No prédio sede da administração da Unipar, no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, parte dos funcionários também já está retomando o trabalho presencial. Com uma política de retorno faseada, a empresa tem aproximadamente sete funcionários trabalhando presencialmente – cerca de 10% do seu quadro administrativo.

Como explicou João Raful, diretor-executivo de recursos humanos da Unipar, como a empresa atua no setor de cloro, soda e derivados, boa parte do efetivo das fábricas não pode parar. Mas quase todos os funcionários administrativos estavam em home office.

“A primeira missão, então, foi rapidamente criar um comitê de gerenciamento de crise. Em uma semana, logo no início da pandemia, conseguimos colocar 97% do nosso efetivo administrativo em home office”, explica o diretor.

A empresa percebeu um ganho de produtividade com o trabalho remoto, mas, com a flexibilização das medidas de restrição da cidade, decidiu ensaiar um retorno gradual. “Embora tenhamos tido um ganho geral de produtividade, tivemos perdas em funções mais técnicas, como TI, e também em processos de construção criativa, que demandam interações entre as pessoas”, comenta Raful.

A Unipar estabeleceu alguns critérios para mapear prioridades na retomada. “Primeiramente, priorizamos as pessoas que queriam voltar. Em segundo lugar, aquelas que teriam um impacto menor em suas vidas nesse retorno. Funcionários com filhos em idade escolar ou que não possuem carro próprio e dependem de transporte público não foram escalados, por exemplo”, explica o diretor.

Para que as medidas de prevenção adotadas pela empresa funcionassem de maneira efetiva (como a instalação de divisórias entre mesas, aferição de temperatura, sinalização de distanciamento entre as pessoas), Raful diz que foi fundamental alinhar as propostas da Unipar com a administradora do prédio comercial onde fica a empresa.

“Existe uma câmara inteligente, na entrada do escritório, que identifica a temperatura das pessoas e se elas estão usando máscara. Se a máquina acusa qualquer problema, a pessoa deve voltar para casa imediatamente”, explica, acrescentando que no elevador existe uma sinalização de onde cada pessoa deve ficar e a lotação máxima é de três pessoas.

Trabalho presencial ressurge, mas home office veio para ficar

Mesmo após sentir uma produtividade “excepcional” durante o período de trabalho remoto, o grupo L’Oreal Brasil também já está começando a voltar ao escritório. Depois de manter cerca de 2 mil empregados trabalhando de casa desde março, algumas funções voltam a ser realizadas presencialmente.

“Voltamos a trabalhar fisicamente na sede e no Centro de Pesquisa de forma gradual desde 14 de setembro. Grupos de risco e responsáveis por crianças menores de 16 anos permanecem em casa”, explica Gerald Vincent, Diretor de EHS (sigla para Environment, Health and Safety) e Propriedades da L’oréal Brasil.

Ainda segundo Vincent, o restante do time foi dividido em quatro grupos, que trabalham uma semana no escritório e as outras três em casa, pelo menos durante esse primeiro mês de retorno. “Em cada semana, temos menos de um quarto de pessoas na sede do que tínhamos antes”, comenta.

Medidas de prevenção também foram adotadas, como medição de temperatura interligada ao controle de acesso na chegada, limitação de pessoas nos elevadores, marcações no chão para o distanciamento social, limitação de estações de trabalho, adaptações nos banheiros e em salas de reunião.

E mesmo voltando aos poucos ao escritório, a empresa estuda implementar um regime de trabalho remoto permanente. “Podemos dizer que nossa produtividade foi excepcional durante o período de trabalho remoto e por isso estamos estudando ampliar nosso Programa de Home Office – que antes era de uma vez por semana – quando tudo se normalizar”, conclui o diretor.

Na linha de frente

No Grupo Sabin, de laboratórios, a situação tem sido diferente pela natureza do negócio. A Dra. Lídia Abdalla, CEO do grupo, disse que foi muito difícil manter as operações à distância quando 70% do trabalho da empresa é na “linha de frente”, como o atendimento nas clínicas e a coleta de material para diagnósticos à domicílio, por exemplo.

Entre março e abril, um terço dos funcionários entrou em regime de home office, mas, hoje, cerca de 80% dos empregados já retornaram aos locais físicos de trabalho.

“Nós, que prestamos serviços de medicina e diagnósticos, não podíamos parar, ainda mais em uma situação como essa. Criamos um um comitê de crise logo na primeira semana de março porque sabíamos que precisávamos tomar decisões rápidas”, explicou a executiva ao InfoMoney.

O Grupo Sabin fechou 30% de suas unidades em abril e, em maio, começou a reabertura das clínicas. Segundo Lídia, esse foi o tempo hábil para adaptar fisicamente os espaços às novas medidas de segurança e proteção.

“Além das mudanças estruturais, definimos protocolos de acompanhamento e treinamento para todos os funcionários, tanto para garantir a segurança dos nossos empregados, quanto dos clientes que voltaram a nos procurar”, explica.

Como explica Lídia, a empresa possui um grupo de serviço de saúde do trabalho, que montou os protocolos sanitários e é responsável por fiscalizar se as medidas estão sendo cumpridas. “As pessoas precisam acreditar e entender o que está acontecendo. Além de trabalhar em orientações e mudanças ao longo dos últimos meses, temos  essa área dedicada a fiscalizar e visitar as unidades para verificar se as orientações estão sendo atendidas”, conclui.

No prédio administrativo da companhia, em Brasília, modificações estruturais foram feitas para que o prédio se adeque às novas medidas de proteção, como a instalação de placas de acrílico entre as mesas dos funcionários até restrições quanto ao uso de elevadores e espaços comuns.

Conscientização também deve vir do empregado

Uma funcionária da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) afirmou que, embora a entidade tenha aplicado todas as medidas de proteção contra a Covid-19, muitos funcionários continuam desrespeitando as recomendações médicas de distanciamento e uso de máscaras, por exemplo.

Ela conta que a empresa foi muito cautelosa e também organizou um retorno faseado, com rodízio de funcionários, instalou placas de acrílico entre as baias e realiza acompanhamento médico semanal dos empregados.

A funcionária diz ainda que, em um dos dias, chegou no trabalho e, ao medir sua temperatura corporal, foi identificado que ela estava com 37,6 Cº . Imediatamente, a empresa pediu que ela permanecesse em casa por 14 dias. “Durante essas duas semanas em casa, eu tive um acompanhamento com uma enfermeira por WhatsApp todos os dias. Mesmo quando meu teste saiu e deu negativo, ela continuou me perguntando sobre o meu estado de saúde.”

A maior crítica dessa funcionária é sobre o comportamento de alguns colegas, que têm falhado em respeitar as mais básicas medidas de proteção. “Eu, que tenho consciência do que está acontecendo, fico de máscara o tempo todo. Mas não é todo mundo que pensa assim. Toda hora, nos corredores, ao redor das máquinas de café, quase ninguém usa a máscara e muitos não respeitam o distanciamento entre as pessoas”, relata.

Sobre os elevadores na FIESP, a funcionária afirma que, como a maioria dos funcionários ainda está trabalhando de casa, é raro ver mais de uma pessoa por vez nos elevadores. “Todos esses dias, eu peguei o elevador sozinha, tanto na entrada do expediente, quanto na saída”, explica.

Procurada pelo InfoMoney, a FIESP não respondeu até o fechamento dessa reportagem.

Retorno cancelado

Embora algumas empresas tenham tentado voltar ao trabalho presencial, algumas restrições maiores impediram a volta em outros casos. É o caso de uma empresa do setor de turismo que havia planejado uma volta gradual de parte dos funcionários entre o fim julho e o começo de agosto.

Uma funcionária relatou ao InfoMoney que, no primeiro momento, voltaram apenas os líderes de departamento e, nas semanas seguintes, empregados de diversas áreas retomariam os expedientes presenciais.

O retorno, porém, foi cancelado devido à regressão de Barueri, onde fica a empresa, para a fase laranja do Plano São Paulo, que define as regras de retomada econômica do estado. Segundo a funcionária, o fato de a cidade regredir levou a empresa a repensar os seus planos de retorno, que foram adiados para o ano que vem.

Consultorias dão dicas para retomada responsável

Fabio Tadeu Araújo, sócio da Brain Consultoria, empresa de inteligência estratégica de mercado, que presta serviços de gestão corporativa, defende que o retorno com segurança só acontece quando há uma retomada gradual, planejada e adequada.

Como a crise atual afetou as dinâmicas de trabalho de forma diferente de qualquer outra, ele diz que é normal que haja erros e acertos. Mesmo assim, Tadeu defende que a empresa deve ter três pontos em mente na hora de ensaiar uma retomada: comunicação, transparência e planejamento.

“Cada empresa tem uma realidade, tem particularidades em sua operação e os funcionários também. É mais fácil retomar e ampliar ao poucos do que retomar tudo de uma vez e ter que voltar atrás nas escolhas lá na frente”, afirmou o sócio da Brain.

Para o especialista, é essencial que as empresas compreendam que alguns funcionários podem estar abalados emocionalmente e, após seis meses de pandemia, um retorno às pressas pode ser mais um gatilho para a insegurança e afetar a produtividade.

“Muitas pessoas estão em inseguras em voltar à atividade presencial e acabam interpretando as ordens com um grau emotivo maior. Para evitar ruídos e descontentamento dos funcionários, a empresa não pode abrir mão de um canal de comunicação efetivo e da transparência”, conclui.

O especialista ressalta que os elevadores, áreas comuns e qualquer dependência que tiver alguém trabalhando fisicamente devem ser adaptados para cumprir as orientações sanitárias.

Entre as adaptações recomendadas, recomenda-se atenção maior em lugares de uso comum, como refeitórios e cafeterias.

O uso de luvas plásticas ou papel descartável para servir, talheres embalados e diferentes turnos para os funcionários usarem o espaço são medidas indispensáveis para que essas instalações da empresa possam ser abertas.

A demarcação de cadeiras e garantia de que o local seja higienizado constantemente também precisam acontecer.

Também é recomendado a instalação de estações de lavagem das mãos fora do edifício, ou dispenser de álcool em gel, orientando a todos que os utilizem antes de entrar no prédio e que a empresa mantenha os ambientes bem ventilados e faça a limpeza diária do ar-condicionado.

A consultoria Cushman & Wakefield, que possui uma cartilha de recomendações sobre como fazer a retomada com segurança, acrescenta que instalar divisórias de vidro ou placas de acrílico entre estações de trabalho, nas recepções e expedições também é uma boa maneira de manter o distanciamento.

No caso de empresas que consigam investir em novas tecnologias, a consultoria sugere a implantação de sensores para contagem de pessoas, comandos por voz, infraestrutura para processos de trabalho digitais, automação de processos, entre outros.

Outra recomendação é determinar prioridades claras no retorno: funcionários que não usam transporte público, não têm filhos em idade escolar e não convivem com pessoas do grupo de risco podem voltar antes que os demais.

Veja mais dicas sobre como adaptar os escritórios para uma reabertura com segurança.

Trabalho presencial pode não voltar ao “normal”

De acordo com a multinacional americana JLL, especializada em imóveis corporativos, no primeiro trimestre de 2020, a desocupação dos escritórios em São Paulo estava no patamar mais baixo desde o início da década passada, em 13,6%.

A empresa esperava um cenário bastante positivo para 2020, com demanda aquecida e alta nos valores de aluguéis. Com a pandemia, porém, a perspectiva é que a taxa de imóveis vagos possa chegar a 23% em dezembro, segundo a JLL.

“Neste momento, percebemos que as empresas estão avaliando que talvez não seja necessário ter tanto espaço assim e muitos estão em um momento de análise, já com planos para devolver algumas lajes”, comenta Monica Lee, diretora de representação de ocupantes da JLL.

De acordo com outra pesquisa, da consultoria KPMG, um número crescente de empresas só pretende voltar ao escritório em 2021. Segundo a consultoria, 26% dos empresários brasileiros entrevistados planejam o retorno de seus profissionais aos escritórios somente em 2021.

Segundo o estudo, 34,9% dos 722 executivos entrevistados preveem que o trabalho nos escritórios será retomado em algum nível entre setembro e dezembro. O que a grande maioria dos entrevistados concordam é que a forma de trabalho deve mudar.

“Para quase metade das empresas, o retorno será com até 30% do pessoal. Com esse fluxo, as empresas administram melhor, têm mais controle do acesso e têm um processo de aprendizado”, destaca André Coutinho, sócio-líder de Clientes e Mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul.

A adoção do home office como uma opção para os funcionários, não apenas durante a pandemia, mas também depois, foi anunciada por empresas do setor financeiro, como a XP, que não vai retornar ao escritório até dezembro, e por gigantes de tecnologia, como o Google, que vai manter seus funcionários em casa até junho de 2021.

A lista de negócios que estão revendo sua ocupação é longa: inclui o Banco do Brasil, que planeja devolver 38% dos escritórios que hoje ocupa; o Itaú, como citado anteriormente; e o laboratório Fleury, que decidiu concentrar toda a operação de São Paulo em um edifício a ser inaugurado em 2022 e vai apostar fortemente no home office.

Embora haja uma movimentação de grandes empresas nesse sentido e uma crescente retomada dos funcionários aos locais de trabalho físicos, é um tanto incerto saber como será o escritório do futuro ou se haverão tantos escritórios assim.

Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.