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SÃO PAULO – Em 2007 o engenheiro Eric Santos procurava estratégias para promover sua empresa online, a Praesto, quando descobriu o conceito de inbound marketing.
Junto com o aprendizado de que uma das melhores formas de atrair novos clientes no digital é gerando conteúdo, ele se deparou com a oportunidade de criar um negócio na área. Algo escalável e potencialmente lucrativo, mas em um mercado imaturo e desorganizado.
A Resultados Digitais nasceu do amadurecimento dessa ideia, em janeiro de 2011, com o objetivo de oferecer soluções de automação de marketing digital para pequenas e médias empresas. Dez anos depois, a startup de Florianópolis possui mais de 25 mil clientes em cerca de 20 países, 700 funcionários e é líder disparada no Brasil.
A história da RD Station — novo nome da Resultados Digitais após uma reestruturação no fim de 2020 — é tema do 71º episódio do podcast Do Zero ao Topo. É possível seguir o programa e escutar a entrevista completa via ApplePodcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox, Amazon Music e outros agregadores de áudio do país.
A formação de mercado
A aposta de Santos e dos outros quatro co-fundadores em janeiro de 2011 era de que eles teriam que educar os potenciais clientes sobre a importância de investir no marketing digital e suas melhores práticas e entender e solucionar as dores e deficiências das PMEs nos anúncios digitais.
A expectativa era de que, com o amadurecimento do mercado, eles se tornassem referência de automação de marketing.
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“Naquela época, se fôssemos na pesquisa do Google para ver quantas pessoas estavam procurando por soluções de automação de marketing, a resposta era literalmente zero. Então a gente tinha que criar demanda”, explicou Santos em entrevista ao podcast Do Zero ao Topo.
O caminho escolhido pela RD para desenvolver seu negócio é o menos usual entre as startups. A maioria foca em entrar em um segmento bastante conhecido do público e trazer um produto ou serviço inédito, que melhore a vida do cliente e cause uma disrupção. “Criar mercado é um processo longo, em que você geralmente não tem um total controle do timing e precisa ajudar e esperar o mercado se desenvolver”, disse Santos.
A favor da RD Station desde o início estava o interesse das empresas por entender mais sobre o mercado digital, embora não soubessem por onde começar. A demanda foi crescendo e se tornando cada vez mais visível no RD Summit — o evento de marketing da companhia que virou referência e, em sua última edição presencial em 2019, reuniu mais de 12 mil pessoas.
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O potencial da RD também foi percebido por investidores. Ao longo de sua história, a companhia recebeu mais de R$ 280 milhões em aportes de fundos como Riverwood Capital, Redpoint eventures, Astella e TPG Growth.
O último aporte — de R$ 200 milhões anunciado em agosto de 2019 —, segundo Eric Santos, ainda está quase todo no banco. Isso porque a pandemia obrigou a companhia a desacelerar seus planos internacionais e ainda a rever alguns de seus processos.
“A gente fez algumas otimizações de modelo de negócios na pandemia que, juntamente com a retomada a partir do segundo trimestre, fizeram com que a gente já atingisse o break-even.Temos potencial para investir mais nas coisas que estão funcionando. No momento estamos calibrando algumas coisas”, contou Santos. Confira a história completa da companhia no podcast.
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Sobre o Do Zero ao Topo
O podcast Do Zero ao Topo traz, a cada semana, um empresário de destaque no mercado brasileiro para contar a sua história, compartilhando os maiores desafios enfrentados ao longo do caminho e as principais estratégias utilizadas na construção do negócio.
O programa já recebeu nomes como André Penha, cofundador do QuintoAndar, David Neeleman, fundador da Azul, José Galló, executivo responsável pela ascensão da Renner, Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos, Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário, Sebastião Bonfim, criador da Centauro e Edgard Corona, da rede Smart Fit.