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SÃO PAULO – O prejuízo registrado pela Petrobras (PETR3; PETR4) em 2014, de R$ 21,587 bilhões, foi o pior já apresentado por uma empresa de capital aberto desde o início da série histórica da Economática, que começou em 1986, revela a consultoria em relatório divulgado nesta quinta-feira (23). Os números consideram os valores nominais das perdas, desconsiderando o efeito da inflação ao longo dos anos.
Se considerarmos a correção de preços pela evolução do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do período, o prejuízo da Petrobras é superado por duas empresas do setor financeiro: o Banco do Brasil (BBAS3), que teve perdas de R$ 22,414 bilhões em 1996, e o Banco Nacional, que reportou prejuízo líquido de R$ 23,904 bilhões em 1995, corrigido com a inflação. Naquele ano, a empresa decretou falência.
No caso da Petrobras, o prejuízo bilionário no exercício de 2014 foi devido à perda de R$ 44,63 bilhões por desvalorização de ativos (impairment). O valor da baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente no ativo imobilizado oriundos do esquema de pagamentos indevidos descoberto pelas investigações da Operação Lava Jato (baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente) foi de R$ 6,194 bilhões. Assim, somadas, as baixas totais foram de R$ 50,8 bilhões, com impacto no ativo imobilizado.
As maiores perdedoras
Os dados da Economática mostram que dos 10 maiores prejuízos da história do Brasil, 5 foram de empresas estatais. A maior perda de uma companhia privada continua sendo a da OGX Petróleo OGXP3), de Eike Batista, que teve uma perda líquida de R$ 17,435 bilhões em 2013.
Confira nas tabelas abaixo os maiores prejuízos de empresas de capital aberto no Brasil em valores nominais e descontando a inflação:
Maiores prejuízos com valores nominais:
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Maiores prejuízos considerando o ajuste da inflação:
A Petrobras não reportava prejuízo em um exercício desde 1991, quando teve perdas de R$ 1,16 bilhão, mostra a Economática.
Confira o históricos dos resultados da empresa desde 1986:
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