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SÃO PAULO – A aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) da compra da Vivo (VIVO4) pela Telefónica uma semana antes do previsto foi vista como um sinal bastante positivo para a integração entre a empresa de telefonia brasileira e a Telesp (TLPP4) pelos analistas do Santander.
Segundo Valder Nogueira, Gregório Tomassi e Bruno Mendonça, que assinam relatório do banco sobre o assunto, o adiantamento da autorização, somado ao fato de que a Anatel não fez novas restrições regulatórias significativas, indica que a espanhola pode agora protocolar a documentação para a OPA obrigatória das ações ordinárias da Vivo (VIVO3), e adquirir o free float das ações da companhia de telefonia atualmente disponível no mercado.
“Essa possibilidade ainda não está refletida nas ações preferenciais da empresa, em nossa visão”, explicam os analistas.
Na avaliação do Santander, depois que a parte financeira do contrato for fechada, o preço do tag along da VIVO3 começará a ser indexado – provavelmente pelo CDI. Por hora, a companhia espanhola não anunciou o preço que pagará pelas ações ordinárias da empresa brasileira de telefonia móvel detidas pela Portugal Telecom; consequentemente, o tag along também ainda é desconhecido pelo mercado.
TIM blindada
Outro ponto destacado pelo banco é que a Telefónica não terá que se desfazer de sua participação na Telecom Itália, controladora da TIM (TCSL3, TSCL4). A Anatel, lembram os analistas, já havia feito imposições ao acesso das informações da TIM pela espanhola em 2007, e considerou que essas restrições foram suficientes para blindar a TIM de uma interferência da Telefónica.