SÃO PAULO – A companhia aérea inglesa Virgin Atlantic adiou o início das suas operações no Brasil por conta dos impactos causados pelo coronavírus no setor de viagens. Em comunicado, a Virgin afirma que a decisão integra um conjunto de medidas para manter a companhia e os seus clientes em uma “posição segura nos próximos meses”.
A companhia, que recebeu o aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar no país em fevereiro, faria seu voo inaugural na rota Londres/Heathrow – São Paulo no dia 29 de março. Com os novos planos, a rota só será iniciada no dia 05 de outubro.
Além do adiamento no Brasil, a empresa suspendeu a rota Londres – Shanghai, e reduziu a frequência dos voos Londres – Hong Kong. A companhia orienta os passageiros com reservas a entrarem em contato para negociarem remarcações e reembolsos.
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Veja o comunicado na íntegra:
“Nós, da Virgin Atlantic Airways, temos monitorado com muita atenção a situação do Coronavírus (Covid-19) ao redor do mundo, e como a demanda por viagens aéreas têm mudado com esta situação. Em decorrência, decidimos tomar algumas medidas imediatas em relação às nossas rotas, a fim de manter a companhia e, nossos clientes, em uma posição segura nos próximos meses.
Com isso, a nova rota Londres/Heathrow – São Paulo, antes prevista para iniciar no dia 29 de março de 2020, terá seu início alterado para o dia 05 de outubro de 2020. Essa alteração faz parte de uma série de outras medidas que estão sendo tomadas, como a suspensão da rota Londres/Heathrow – Shanghai, e a redução de frequência nos voos entre Londres/Heathrow e Hong Kong.
Gostaríamos de reforçar que nosso comprometimento e nossa satisfação em voar para o Brasil se mantém, e se dará a partir de outubro!”
Grandes prejuízos
Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo prevê quase US$ 30 bilhões em vendas perdidas com voos devido à disseminação do novo coronavírus.
O setor de turismo e viagens registram quedas diárias comprometendo o setor, que atingiu US$ 1,7 trilhão em receita gerada pelo turismo internacional em 2018, segundo a Organização Mundial de Turismo da ONU.
Analistas apontam que o momento atual é o maior revés para a indústria de viagens desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, o surto da SARS e a guerra no Iraque dois anos depois.
Se a situação persistir, a empresa de organização de viagens e reuniões de negócios Global Business Travel Association (GBTA) avalia que o prejuízo poderia chegar a US$ 559,7 bilhões no período de um ano, o equivalente a 37% do total de gastos globais previstos para o setor de business travel em 2020.
Nesta quinta-feira (5), a também britânica Flybe, entrou com pedido de falência. A empresa já estava com dificuldade financeira e o processo de colapso da empresa se intensificou com a queda da demanda por viagens.
“Todos os voos foram suspensos e os negócios no Reino Unido deixaram de operar imediatamente”, comunicou a operadora.
*Com informações da Agência Estado
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