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SÃO PAULO – Cerca de 300 unidades da Pizza Hut devem fechar as portas nos Estados Unidos após o maior franqueado da rede, a NPC International, entrar com pedido de recuperação judicial durante a pandemia.
Atualmente, a NPC é responsável por 20% de todas as lojas da Pizza Hut nos EUA, operando 1.227 unidades da rede de pizzarias e quase 400 restaurantes da rede de lanchonetes Wendy’s.
No início de julho, a companhia iniciou o processo de reorganização estrutural, acionando o Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos, o correspondente ao instrumento de recuperação judicial brasileiro, que garante condições especiais para que a empresa tente se recuperar financeiramente, evitando a falência.
O acordo entre franqueada e franqueador prevê a venda de mais de 900 restaurantes da Pizza Hut, sob a administração da NPC, que acumula uma dívida de quase US$ 1 bilhão.
Em um comunicado, a NPC disse que o fechamento dos locais fortalecerá os negócios da empresa em geral e dará um impulso durante seu o processo de reestruturação. As companhias ainda informaram que parte dos restaurantes que serão fechados “apresentam desempenho significativamente inferior ao do restante do sistema Pizza Hut”.
Os funcionários das lojas fechadas serão transferidos para outros restaurantes, se possível, de acordo com o comunicado da Pizza Hut.
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O pedido de falência da NPC revelou as tensões entre o franqueado e a Pizza Hut. No processo apresentado à Justiça americana, a empresa disse que a franquia perdeu relevância ao longo do tempo “pela diminuição da inovação do menu e pela falta de uma estratégia clara e de longo prazo por parte da Pizza Hut para resolver os problemas da marca e fornecer uma identidade clara e diferenciada”.
Nos últimos anos, a Pizza Hut perdeu participação no mercado de pizza para rivais como Domino’s e Papa John’s. Durante a pandemia, com o aumento do consumo por delivery, a rede registrou em maio a maior média de vendas semanais em pedidos para entrega dos últimos oito anos.
Mesmo com o crescimento do consumo, a empresa informou no pedido de falência que as novas medidas de segurança são caras, custando cerca de US$ 750 mil por mês.