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SÃO PAULO – A Pfizer (PFIZ34) anunciou, nesta quinta-feira (3), que deve embarcar metade das doses da sua vacina contra a Covid-19 originalmente planejadas para 2020, depois de descobrir que as matérias-primas usadas no início da produção não atendem aos seus padrões, de acordo com fontes citadas pelo Wall Street Journal (WSJ).
A empresa esperava despachar 100 milhões de doses a diversos países ainda neste ano, mas com o imprevisto o volume deve cair para 50 milhões.
Mesmo assim, a Pfizer ainda planeja entregar mais de um bilhão de doses do imunizante produzido em parceria com a alemã BioNTech em 2021.
“A ampliação da cadeia de suprimentos de matéria-prima para a vacina demorou mais do que o esperado”, disse uma porta-voz da empresa ao WSJ. “E é importante destacar que o resultado do ensaio clínico saiu um pouco depois da projeção inicial.”
As ações da farmacêutica americana, listadas na bolsa americana Nasdaq, fecharam a quinta-feira em queda de 1,74%. No after market, os papéis registravam queda de 0,65% por volta das 18h30.
A emissora CNBC também confirma a redução no embarque de doses em 2020, mas afirma que as ações da Pfizer não foram tão impactadas pela notícia porque o relatório divulgado pela farmacêuticas Pfizer e BioNtech diz que o plano de lançar 1,3 bilhão de vacinas em 2021 não foi alterado e o déficit de 50 milhões de doses deste ano deve ser coberto com o aumento da produção no ano que vem.
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Corrida pelas vacinas
Nesta semana, o Reino Unido aprovou o uso emergencial da vacina da Pfizer e BioNTech e se tornou o primeiro país ocidental a liberar uma vacina, à frente das decisões dos Estados Unidos e da União Europeia. Com a autorização emergencial, a expectativa é que vacina comece a ser distribuída aos britânicos a partir da semana que vem.
Até o momento, apenas quatro vacinas no mundo, das dez que estão na fase três de testes, a última antes da aprovação, apresentaram resultados de eficácia: a vacina da Pfizer em parceria com a BioNTech (95% eficaz); a da Moderna (94% eficaz); a da Oxford em parceria com a Astra Zeneca (até 90% eficaz, mas com resultados questionados posteriormente) e a vacina Sputinik V, do laboratório russo Gamaleya (92% de eficácia).
Nesta quinta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disseram que a vacina CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Butantan e o governo paulista, deve apresentar seus resultados de eficácia no dia 15 de dezembro.
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