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SÃO PAULO — A Petrobras (PETR3; PETR4) confirmou na manhã desta quinta-feira (7) a venda da totalidade de sua participação na Liquigás ao consórcio formado por Copagaz, Itaúsa e Nacional Gas Butano.
De acordo com a estatal de petróleo, a oferta de R$ 3,7 bilhões feita pelo consórcio foi a melhor oferecida.
“A transação ainda será submetida à aprovação pelos órgãos competentes da Petrobras e as etapas subsequentes do projeto serão divulgadas ao mercado tempestivamente. Essa operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os nossos acionistas”, apontou a companhia em comunicado.
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Na véspera, a coluna de Lauro Jardim, do jornal Globo, havia informado a venda da companhia.
De acordo com a publicação, a estatal teria recebido três ofertas pela Liquigás, mas quem levou a empresa foi o consórcio Copagaz/Itaúsa.
Analistas do Bradesco BBI escreveram em relatório que a transação é uma boa notícia para a Petrobras. “Nossa estimativa para o múltiplo EV/Ebitda [valor de mercado da empresa dividido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] implícito da venda é de 12 vezes. A Liquigás reportou um Ebitda de R$ 273 milhões em 2018 e estamos assumindo uma recuperação para R$ 300 milhões em 2019”, avalia o Bradesco.
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Para o banco, a aquisição também mostra o apetite que os grupos possuem para comprar ativos no negócio de distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
A Liquigás é uma distribuidora de gás liquefeito de petróleo. Além do gás para uso doméstico, ela fornece produtos e serviços para diversos setores da indústria, comércio e agricultura, pecuária, aviários, condomínios, hotéis, entre outros.
Destino do dinheiro
A Petrobras pode já ter um destino para o dinheiro levantado com a venda da Liquigás. Nesta quarta-feira (6), a estatal levou dois blocos no megaleilão da cessão onerosa.
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Pelo bloco de Búzios, o qual a companhia levou através de um consórcio com duas empresas chinesas (sendo 90% da Petrobras e 10% divididos igualmente entre as duas outras petroleiras), ela deverá pagar R$ 68,2 bilhões.
Já pelo bloco de Itapu, o qual a Petrobras levou integralmente pelo lance mínimo, a companhia deve pagar pouco mais de R$ 1 bilhão. A empresa afirmou que vai efetuar os pagamentos de sua parte no leilão do pré-sal ainda em 2019.
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