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SÃO PAULO – Depois de registrar o maior lucro trimestral de sua história, atingindo R$ 18,8 bilhões entre abril e junho deste ano, a Petrobras (PETR3;PETR4) aprovou a distribuição de remuneração antecipada aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio (JCP), no valor total de R$ 2,6 bilhões.
O valor equivale a R$ 0,20 por ação ordinária e preferencial em circulação, equivalente a um dividend yield (dividendo pago por ação em relação ao valor do papel) de 0,70% e 0,78%, respectivamente.
Para receber esse provento, o acionista deve manter o papel em sua carteira até o fechamento do pregão do próximo dia 12 de agosto, o que corresponde à ‘data com’ dos direitos, enquanto que no dia 13 as ações serão negociadas “ex-juros”, ou seja, quem investir a partir desta data não poderá receber tais proventos. O pagamento do JCP será realizado em 04 de outubro.
Já para quem detém American Depositary Receipts (ADRs) negociadas na Bolsa de Nova York, a data-com será 14 de agosto.
Os detentores dos ADRs receberão o pagamento por meio do Bank of New York Mellon, banco depositário das ADRs, a partir de 14 de outubro de 2019.
O valor antecipado aos acionistas a título de JCP, reajustado pela taxa Selic desde a data do pagamento até o encerramento do exercício, será descontado dos dividendos mínimos obrigatórios, inclusive para fins de pagamento dos dividendos mínimos prioritários das ações preferenciais.
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Resultado da Petrobras
A Petrobras teve um lucro líquido de R$ 18,866 bilhões no segundo trimestre de 2019.
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Segundo a empresa, o principal fator para alavancar os ganhos no período foi a venda da TAG por R$ 33,5 bilhões para a Engie. Vale ressaltar que a petroleira reportou um lucro líquido ajustado de R$ 5,2 bilhões no segundo trimestre, metade do montante de R$ 10,072 bilhões reportados em igual período de 2018. A expectativa do lucro ajustado (sem considerar esta venda) do consenso Bloomberg era de R$ 8,5 bilhões.
“Os desinvestimentos somaram US$ 15 bilhões até o final de julho, com destaque para as transações da TAG, da BR Distribuidora – primeira privatização via mercado de capitais na história do Brasil – e de campos maduros de petróleo”, disse Roberto Castello Branco, presidente da estatal, em comunicado.
“Ficamos ainda com 37,5% do capital da BR, que no futuro temos a intenção de vender parcial ou totalmente. Enquanto isso, vamos nos beneficiar como acionistas do enorme potencial de criação de valor da BR com a flexibilidade que possui uma empresa privada”, completa a nota.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, por sua vez, avançou 8,6% em um ano, passando de R$ 30,067 bilhões para atuais R$ 32,651 bilhões.
Segundo a empresa, o aumento foi reflexo do brent mais valorizado, além da depreciação do dólar frente ao real, que resultou em maiores preços de derivados, além da realização de estoques formados a custos menores no período anterior.
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