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Os lucrativos fundos marinhos da Grã-Bretanha estão elevando o valor da empresa imobiliária que sustenta a monarquia do país.
A Crown Estate, cuja receita ajuda a determinar um dividendo anual pago à família real, registrou um salto de 41% no lucro, para um recorde de £ 442,6 milhões (US$ 559 milhões) no exercício 2022/23, principalmente devido à receita de novos arrendamentos de seis parques eólicos offshore. No ano fiscal 2021/22, foram repassados £ 51,8 milhões aos monarcas e a tendência é de que o montante seja maior este ano.
Isso porque o valor total recebido aumentou apenas 1,3%, para £ 15,8 bilhões, já que a queda dos preços dos imóveis em Londres corroeu o ganho de avaliações mais altas do fundo do mar. O valor total do portfólio dobrou na última década, em grande parte graças aos direitos de propriedade da nobreza sobre quase todo o fundo do mar ao redor da Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte.
A transição dos britânicos para uma economia de baixo carbono empurrou mais dinheiro para a produção de energia eólica em alto mar. Hoje, o Reino Unido já possui a segunda maior capacidade de energia eólica, atrás apenas da China, e a meta é triplicar o parque produtivo até 2050.
O aumento de capital da família real foi impulsionado por uma grande rodada de arrendamento para novos parques eólicos assinada em janeiro, quando empresas como BP, TotalEnergies e RWE AG começaram a pagar mais de US$ 1 bilhão em taxas anuais pelos direitos de desenvolver seções vazias do mar.
A Crown Estate também possui a icônica área comercial Regent Street, onde o tráfego aumentou, mas ainda é menor do que antes da pandemia de covid-19. O valor de seu portfólio de propriedades em Londres caiu 6,5%, para £ 7,2 bilhões, mas seu espaço de escritório principal superou seu benchmark.
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