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O plano de médio prazo da farmacêutica Cimed é alcançar um faturamento de R$ 5 bilhões até 2025. Para chegar lá, a empresa aposta em duas grandes frentes: 1) genéricos; e 2) parcerias e cosméticos. Até agora, o plano tem tido sucesso.
A mais recente evidência disso foi o lançamento (e sumiço das prateleiras) de uma linha de produtos do seu hidratante labial em parceria com a fabricante de doces Fini. “Estamos trabalhando 24 horas por dia para abastecer os pontos de venda. Mas o produto chega na farmácia e esgota em pouco tempo”, comemora João Adibe Marques, CEO da Cimed, que deu entrevista por telefone, da Coreia do Sul, para a reportagem de InfoMoney.
A ideia da parceria surgiu quando a Fini procurou a Cimed para trabalhar em conjunto na distribuição da marca no varejo independente. A farmacêutica viu potencial de algo maior. Para Fernando Sodré, Diretor de Marketing da Cimed, esse tipo de colaboração traz resultados positivos para ambas as marcas. “Agrega valor para os envolvidos, alcança um maior público e ainda possibilita a transferência de valor de um produto para o outro”, afirma. Raquel Paternesi, Diretora Global de Marketing da Fini faz coro: “A parceria com a Carmed tem sido um sucesso (…) Unimos expertises, lideranças e referências de mercado para criar algo especial e levar novas experiências da nossa marca para diferentes categorias, e juntos, elevamos e potencializamos as
forças das marcas.”
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A expectativa da farmacêutica era atingir R$ 8 milhões em vendas no primeiro mês e R$ 40 milhões até o final do ano no segmento B2B, mas a ‘caça’ aos produtos que tem viralizado nas redes sociais pode antecipar esse resultado. Só no Tik Tok, os vídeos falando do produto, que usam a hashtag #carmedfini já somam mais de 160 milhões de visualizações. Mas isso não foi uma coincidência: o lançamento do produto foi feito com foco nas redes sociais. “Foi uma decisão nossa apostar apenas nas redes sociais para o lançamento e não investir em outras frentes. Isso mostra que fizemos a escolha certa”, conta Karla Felmanas, Vice Presidente da Cimed, que já contou a história da empresa no podcast Do Zero ao Topo.
O sucesso da parceria também bateu em outra estratégia da companhia: a de levar um fluxo de pessoas para dentro das lojas. “Queremos transformar a experiência dos clientes dentro do salão de farmácia e nos aproximar do que é oferecido em países como Estados Unidos e Coreia do Sul”, afirma Adibe Marques.
Genéricos, especificamente
Os medicamentos genéricos respondem por 70% da receita da Cimed, com mais de 20 milhões de unidades vendidas ao mês. Como a grande categoria da empresa, os produtos também recebem 70% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e 90% dos investimentos totais da farmacêutica.
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Esse investimento resultou em nove lançamentos de medicamentos nas categorias de gastrológico, cardiológico e sistema neurológico. Outros 150 produtos estão em desenvolvimento e aprovação da Anvisa — o que pode levar de meses a anos. “Ainda existe um preconceito contra os medicamentos genéricos, como se fossem de qualidade inferior. Uma das nossas bandeiras é mostrar a eficácia desse produto que é feito no Brasil há mais de 20 anos”, afirma o CEO da Cimed.
Para levantar essa bandeira, a Cimed colocou a mão no bolso. A empresa investiu R$ 20 milhões em uma campanha sobre a qualidade do medicamento e conseguiu incrementar em R$ 5 milhões o faturamento das farmácias durante uma ação promocional. Com os lançamentos, a expectativa da empresa é crescer 25% em genéricos e atingir o faturamento de R$ 1 bilhão apenas nessa categoria ainda em 2023.
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