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As regras do modelo de partilha, que estabelecem a Petrobrás (PETR3, PETR4) como operadora única e com ao menos 30% de participação nos consórcios das áreas do pré-sal, representam uma “armadilha financeira” para a estatal. A avaliação é do líder da KPMG, Manuel Fernandes, que também é presidente do Comitê de Energia da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham), que realizou ontem (25) conferência sobre o assunto.
“Ela (Petrobrás) tem muita competência e capacidade, mas o fato de operar 30% no mínimo gera uma dificuldade de previsibilidade no mercado. Quando você vê o tamanho da conta que precisa ser investida, essas coisas são contraditórias”, avalia Fernandes. “É uma armadilha financeira para a Petrobrás”, afirmou.
As críticas partiram também do presidente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Eloi Rodriguez. Segundo ele, com o atual modelo, os leilões não geram interesse para investidores e por isso só contarão com uma oferta, como aconteceu com a área de Libra.