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Esta sexta-feira (6) marca a data que será utilizada como referência para a definição dos acionistas da brMalls (BRML3) que receberão as ações de emissão da Aliansce Sonae (ALSO3). Cada ação ordinária de emissão da brMalls dará direito ao recebimento à vista de R$ 1,62899410177968 e a fração de 0,398551577675763 da ação ordinária de emissão da Aliansce Sonae e o montante em dinheiro será pago no dia 20 de janeiro do próximo ano. Já as novas ações de emissão da Aliansce Sonae entregues aos acionistas da brMalls passarão a negociar em Bolsa no dia 9 de janeiro de 2023.
O Conselho de Administração da nova empresa também passará por mudanças e Rafael Sales, até então CEO da Aliansce Sonae, assumirá a posição de diretor presidente da agora chamada Holding Dolunay Empreendimentos e Participações.
Este é o capítulo mais recente de um momento de mercado que começou a ser desenhado em 2017, como Sales relembra em entrevista ao podcast Do Zero ao Topo, do InfoMoney. “Em 2017, quando eu cheguei na Aliansce, a brMalls nos procurou para comprar a nossa empresa. Na época, a Aliansce tinha 20% do tamanho da brMalls, mas os líderes viram o valor da companhia”, relembra Sales.
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No período, a aquisição não funcionou por inúmeras razões e, no ano passado, depois de alguns anos de preparação, a proposta de união dos negócios surgiu do outro lado da mesa: com uma proposta de aquisição inicialmente recusada pela brMalls. “Foi um processo um pouco mais público, mas ninguém tinha dúvida que fazia sentido do ponto de vista estratégico”, afirma Sales, ao relembrar o processo que gerou alguns ruídos no mercado, já que os fundos de investimento que detinham participação nos negócios precisavam ser convencidos de que a união seria benéfica.
Apesar do negócio ter sido veiculado como uma compra, Sales afirma que quer construir uma fusão, com a união dos pontos fortes dos dois negócios. “A brMalls era uma das maiores companhias de shoppings do Brasil em termos de resultados. Juntos, vamos ter 25 dos 100 melhores shoppings do país. Essa combinação vai ser muito poderosa”, diz Sales, que afirma ainda que a busca por ‘crescer só por crescer pode levar a uma combinação de negócios ruim’.
Este é, na verdade, o segundo processo de fusão e aquisição que Sales comanda dentro da companhia. O primeiro deles foi entre os grupos Sonae Sierra e Aliansce, em 2019. Sales falou sobre a diferença nos dois processos e outros desafios que enfrentou na carreira e na vida pessoal na entrevista ao podcast. Confira a íntegra da entrevista no Youtube.