Operação de busca e apreensão no GPC foi “obra” de Nelson Tanure, diz empresa

Segundo o grupo, operação foi em virtude de uma ação cautelar movida por Tanure que tem objetivo desestabilizar a administração da empresa como ferramenta de tentativa de tomada de controle

Paula Barra

(Divulgação/ Alerj RJ)
(Divulgação/ Alerj RJ)

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SÃO PAULO – O Grupo Peixoto de Castro (GPCP3), por meio de comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) enviado na manhã desta quarta-feira (26), esclareceu que no último dia 21 de março foi realizada, na sede do grupo no Rio de Janeiro, uma operação de busca e apreensão de documentos. A operação foi determinada pela juíza da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, em ação movida pelo acionista Nelson Tanure, por meio das sociedades Sky Investments e E.M. Equities Participações. 

O esclarecimento veio em resposta à notícia veiculada no InfoMoney que apontava que a operação havia sido realizada pela polícia. O GCP nega com veemência este fato e diz que não houve envolvimento de força policial. A operação foi realizado por oficial de Justiça, esclarece. 

A empresa comenta que essa operação foi em virtude de uma ação cautelar movida por Nelson Tanure, agindo através das acionistas Sky e E.M., que, por sua vez, teve expedido o mandato de busca e apreensão cumprido na última sexta-feira. A companhia informa que foi disponibilizado a cópia de todos os documentos pretendidos no local da diligência, sem o uso de qualquer força policial, não obstante tais documentos já terem sido previamente disponibilizados junto ao Juízo da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

Segundo o GPC, tal processo tem “objetivo nítido” de criar constrangimento para a administração da empresa, tendo em vista que os documentos solicitados são, em sua maioria, documentos disponíveis ao público em geral e documentos já fornecidos voluntariamente pela companhia a Justiça.

Para a companhia, o real objetivo de Tanure é tentar desestabilizar a atual administração da empresa como ferramenta de tentativa de tomada de controle do GPC, visando a destituição dos administradores que estão comprometidos com o cumprimento do plano de recuperação judicial já aprovado, o que “declaradamente não é do interesse do Sr. Nelson Tanure”. 

Segundo aponta o comunicado, “é notório que o Sr. Nelson Tanure está, por meio escusos, promovendo verdadeira pirataria societária contra a GPC Participações, em sua tentativa de controle da empresa”. Nos últimos meses, informa o GPC, Tanure adquiriu ações da companhia no mercado e/ou privadamente, através de diferentes veículos, sem observar normas legais aplicáveis, incluindo a Instrução CVM 358. Em reportagem da Exame, de 5 de fevereiro, foi apontado que Tanure já possui aproximadamente 35% do capital social da companhia. Tal participação é correspondente à soma dos percentuais do capital social da companhia detidos em conjunto por Sky, GBI e EM.