OpenAI lança versão paga do ChatGPT por R$ 100/mês; veja novidades

Empresa criadora do ChatGPT quer oferecer mais agilidade nas respostas e preferência em futuras atualizações do sistema aos assinantes

Wesley Santana

ChatGPT escreve textos personalizados em poucos segundos. Foto: Pixabay
ChatGPT escreve textos personalizados em poucos segundos. Foto: Pixabay

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Usar o robô ‘do momento’ pode ter um custo: R$ 100 na cotação atual (ou US$ 20 dólares) é o valor mensal que vai desembolsar quem quiser desfrutar o ChatGPT Plus, uma versão premium do aplicativo que ganhou fama nas últimas semanas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (1º) pela OpenAI, empresa desenvolvedora do sistema de inteligência artificial que gera textos criativos.

Segundo a empresa, a assinatura do novo serviço vai permitir aos usuários ter acesso completo ao aplicativo, inclusive com uso prioritário durante os horários de pico, quando as respostas costumam demorar mais de carregar. Os assinantes ainda terão preferência no recebimento de novos recursos e melhorias que surgirão nas próximas atualizações.

“Nós amamos nossos usuários gratuitos e continuaremos a ofertar acesso gratuito ao ChatGPT. Com esse preço de assinatura, poderemos oferecer suporte à disponibilidade de acesso gratuito para o maior número possível de pessoas”, disse a empresa norte-americana por meio de nota.

Neste primeiro momento, a assinatura está disponível apenas para usuários que moram nos Estados Unidos, mas sujeitos à fila de espera. A empresa garante que o pacote vai chegar a outros países nos próximos meses. Por enquanto, não há mudanças previstas para a versão gratuita.

Monetizar o OpenAI foi a forma que a OpenAI encontrou para lucrar por meio do ChatGPT, já que seu uso hoje não tem custo. Embora tenha ganhado repercussão por ser um sistema gratuito, no mês passado, a empresa já tinha discutido a possibilidade de uma versão paga, mas não deu muitos detalhes de como o faria.

Nos últimos meses, a marca conseguiu levantar muitos recursos financeiros, a maioria direcionado ao serviço de textos. Há uma semana, a Microsoft anunciou seu terceiro investimento bilionário na plataforma, estimado em US$ 10 bilhões. 

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A desenvolvedora -que tem outros projetos de AI- projeta uma receita de US$ 200 milhões neste ano e um total de US$ 1 bilhão já no ano que vem. Em um estudo para venda secundária de ações, conduzida no mês passado, a empresa foi avaliada em US$ 29 bi, de acordo com a imprensa dos EUA.

Identificador de AI

Nesta semana, a OpenAI também divulgou o lançamento de um robô que identifica textos escritos por inteligência artificial. A empresa diz que, embora o classificador não seja totalmente confiável, ele consegue distinguir alguns pontos que diferem um texto feito por humano de um feito pelo ChatGPT, por exemplo.

“Em nossas avaliações com um ‘conjunto de desafios’ de textos em inglês, nosso classificador identificou corretamente 26% do texto escrito por IA (verdadeiros positivos) como ‘provavelmente escrito por IA’, enquanto rotula incorretamente o texto escrito por humanos como escrito por IA em 9% do tempo (falsos positivos)”, destacou a empresa.

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O classificador chega em um momento em que a empresa tem sido bastante criticada pelo setor educacional em relação aos impactos que pode produzir para o ensino. Em testes realizados por profissionais da área, os conteúdos feitos pela AI passaram despercebidos por identificados de plágio, uma ferramenta que os professores usam para avaliar se um aluno copiou texto de alguma fonte na internet.

Diante disso, a OpenAI reconheceu os impactos na educação e disse que este é um recurso preliminar que pode ajudar professores, jornalistas, pesquisadores do campo da desinformação e outros grupos. “Nossa missão é implantar grandes modelos de linguagem com segurança, em contato direto com as comunidades afetadas”, afirmou a plataforma.